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PolíticaAlemanha

Angela Merkel diz que deixa Governo de consciência tranquila

DPA
9 de setembro de 2021

A chanceler alemã disse ontem que deixa o cargo após as eleições de setembro de consciência tranquila, num evento inédito que serviu para refletir sobre diversos assuntos. Merkel se assumiu como feminista.

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Festivaleröffnung von Theater der Welt 2020 | Angela Merkel und Chimamanda Ngozi Adichie
Foto: Rolf Vennenbernd/dpa/picture alliance

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na quarta-feira (08.09): "Eu acho que fiz a minha parte, e qualquer um que não tenha entendido agora não vai entender nos próximos quatro anos". Merkel falava num evento em Dusseldorf, ao lado do escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.

A chanceler também se recusou a ser descrita como a "última defensora da liberdade ocidental". Ela disse: "Devemos nos abster de todos os exageros", acrescentando que, "felizmente, há muitas pessoas que sentem apegadas à democracia, e é claro que estou feliz com isso".

A Alemanha realiza eleições gerais a 26 de setembro e Merkel não se candida a um quinto mandato, após dirigir o país em vários momentos de crise durante o seu mandato de 16 anos.

Festivaleröffnung von Theater der Welt 2020 | Angela Merkel und Chimamanda Ngozi Adichie
Angela Merkel (esq.) e a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi AdichieFoto: Friedemann Vogel/Getty Images

Questionada se a sua política de refugiados tinha dividido a sociedade, Merkel negou. Disse que a sua frase mais famosa, "Nós podemos fazer isso", não foi um convite aberto a refugiados para virem para a Alemanha, como os críticos argumentaram.

Merkel, a feminista

Merkel refletiu também sobre o que a moldou: "O fato de eu ter crescido com pessoas com deficiência mental quando criança e não tinha medo".

"Estudei física", recorda Merkel, lembrando que 80 por cento dos seus colegas eram homens e que frequentemente não conseguia encontrar uma mesa para os seus experimentos. Isso ensinou-lhe a lutar pelo seu lugar num mundo dominado por homens.

Ao lado da escritora marcadamente feminista, a chanceler assumiu-se como "feminista", acrescentando ter evoluído na questão da igualdade entre homens e mulheres, que deve constinuar a ser perseguida. 

"No essencial [feminismo] consiste em dizer que homens e mulheres são iguais no que respeita à participação na vida social e em toda a vida. E nesse sentido, posso dizer sim, hoje sou uma feminista", 

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