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Zona do euro está à beira da recessão, diz UE

11 de novembro de 2022

Em meio à alta nos preços da energia e do custo de vida, Comissão Europeia prevê inflação de 8,5% para 2022, alerta para recessão durante o inverno europeu e reduz expectativa de crescimento para 2023.

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Notas de 100 euros
Alemanha tem previso o pior desempenho para 2023 – a maior economia da Europa deve encolher 0,6%Foto: Andrei Barmashov/PantherMedia/image images

A Comissão Europeia alertou nesta sexta-feira (11/11) que a zona do euro deverá entrar em recessão ainda durante o inverno europeu, no último trimestre do ano, enquanto a alta nos preços de energia e alimentos segue impulsionando um aumento preocupante da inflação na região.

Em relatório, o executivo da União Europeia (UE) apontou que as altas contas de energia (eletricidade e aquecimento), impulsionadas pela guerra na Ucrânia e que atualmente desfalcam o poder de compra do consumidor, devem prolongar o estado agressivo da inflação, que deverá chegar a 8,5% neste ano e a 6,1% em 2023.

O crescimento do PIB da zona do euro para 2022 foi estimado em 3,2%, graças aos primeiros meses fortes do ano. Mas o relatório prevê que a produção econômica deverá despencar nos três meses restantes de 2022, assim como nos meses iniciais do ano seguinte.

Segundo o texto, os altos preços de energia, o aumento do custo de vida, as taxas de juros mais altas e a desaceleração do comércio global "devem levar a UE, a zona do euro e a maioria dos Estados-membros à recessão no último trimestre do ano".

Segundo a Comissão Europeia, "espera-se que o crescimento retorne à Europa na primavera [no hemisfério norte], à medida que a inflação gradualmente abrande seu controle sobre a economia".

"No entanto, com fortes ventos contrários ainda retendo a demanda, a atividade econômica deve ser moderada": a previsão de crescimento da zona do euro para o próximo ano foi reduzida para apenas 0,3%, bem abaixo da projeção de 1,4% que havia sido divulgada em julho.

A Alemanha deverá ter o pior desempenho em 2023 – sua produção econômica está prevista para encolher 0,6%. A maior economia da Europa era a mais dependente do gás russo antes de estourar a guerra na Ucrânia, e agora está lutando para encontrar alternativas mundo afora.

pv/ek (AFP, AP)