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CriminalidadeEuropa

UE quer intensificar combate a abuso infantil nas redes

9 de janeiro de 2022

Sob as leis vigentes no bloco europeu, gigantes da internet como Facebook e Google têm a opção de perseguir ou não denúncias de abuso sexual de crianças. Comissária exige mudança, até por que esse crime está em alta.

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Ylva Johansson, comissária de Assuntos Internos da União Europeia
Ylva Johansson, comissária de Assuntos Internos da União EuropeiaFoto: John Thys/AFP/Getty Images

A União Europeia planeja adotar uma legislação para promover mais ação contra o abuso sexual infantil por parte das companhias de tecnologia, anunciou a comissária de Assuntos Internos do bloco, Ylva Johansson, falando ao periódico alemão Welt am Sonntag.

Apenas em 2020, as provedoras de serviços de internet e mídias sociais relataram 22 milhões de delitos do gênero, contra 17 milhões no ano anterior, revelou Johansson.No entanto, essa não passa de uma fração do número real, e cinco companhias foram responsáveis por 99% das denúncias, cabendo 95% apenas à Meta, anteriormente conhecida como Facebook Inc..

"Vou propor uma legislação nos próximos meses que exigirá das companhias detectar, relatar e remover [conteúdos de] abuso sexual infantil. Uma notificação voluntária não bastará mais." Sobretudo por que esse tipo de crime está em alta.

"Durante a pandemia, quando mais perpetradores estavam em casa, em isolamento, aumentou a demanda de material apresentando abuso de crianças, em alguns Estados-membros da UE em até 25%. Isso, por sua vez, redunda em mais abuso."

Johansson vê a necessidade de um centro europeu especial para impedir e combater os crimes de pedofilia, que "melhoraria a prevenção, a aplicação das leis e o apoio às vítimas", e enfatizou a necessidade de cooperação em nível europeu e global no combate aos abusos sexuais.

av (Reuters, KNA)