Suspeito de incendiar carros na Suécia é detido na Turquia
15 de agosto de 2018A polícia sueca afirmou nesta quarta-feira (15/08) que deteve um terceiro suspeito de estar envolvido na onda de incêndios a carros que danificaram mais de 100 veículos em Gotemburgo, a segunda maior cidade do país, e seus arredores.
O suspeito, de 19 anos, foi detido ao tentar entrar na Turquia. "Depois de uma intensa investigação, descobrimos que ele estava a caminho da Turquia e, então, entramos em contato com as autoridades turcas", afirmou a porta-voz da polícia para a região oeste da Suécia, Ulla Brehm.
Além do jovem, outros dois suspeitos, de 16 e 21 anos, foram detidos na terça-feira em Frolunda, um subúrbio de Gotemburgo. De acordo com Brehm, os três vivem nesta região.
A polícia sueca acredita que os ataques incendiários estejam relacionados e que tenham sido organizados através de redes sociais. Segundo Brehm, somente em Gotemburgo e em Trollhättan mais de 100 carros foram vandalizados ou incendiados. Vários veículos foram queimados ainda em Malmo, a terceira maior cidade do país. Houve registros de atos de destruição na capital, Estocolmo, e em Uppsala.
A motivação dos ataques ainda não foi esclarecida. Brehm afirmou que ataques a veículos na semana que antecede o início do semestre letivo não é um fenômeno novo na Suécia. "Sempre há entre os jovens alguns que colocam fogo em carros nesses subúrbios, mas desta vez foram muitos mais", acrescenta.
Os episódios ocorrem em um momento especialmente sensível na Suécia. O país vai passar por eleições legislativas em menos de um mês. Episódios de violência no país têm sido especialmente explorados por partidos de direita, como os Democratas Suecos, que, segundo pesquisas, devem se tornar a segunda maior força do Parlamento.
Em 2013, uma onda de incêndios a carros por grupos de jovens encapuzados também atingiu a Suécia. As ações criminosas se concentraram especialmente em subúrbios habitados por imigrantes de baixa renda.
Além da violência, os eleitores suecos têm demonstrado preocupação com a manutenção dos sistemas de educação e de bem-estar social do país, além dos efeitos na sociedade da onda de imigração em massa de 2015, quando mais de 150 mil pessoas pediram refúgio na Suécia.
CN/efe/dw
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