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SPD oficializa candidatura de Olaf Scholz

9 de maio de 2021

Atual vice-chanceler e ministro das Finanças tem a missão de recuperar influência do SPD, em declínio nos últimos anos. Corrida para a sucessão de Merkel vem sendo liderada pelos verdes.

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Deutschland Online-Bundesparteitag der SPD in Berlin - Olaf Scholz, Bundesfinanzminister und Kanzlerkandidat der SPD
Olaf Scholz. Político veterano foi escolhido por esmagadora maioria do SPD como candidato à chancelariaFoto: Florian Gaertner/photothek/imago images

O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) oficializou neste domingo (09/05) a candidatura do atual vice-chanceler e ministro das Finanças, Olaf Scholz, para a disputa eleitoral que vai decidir a sucessão da chanceler federal Angela Merkel em setembro.

O ex-prefeito de Hamburgo foi confirmado como o candidato do SPD por 96,2% de quase 600 delegados do partido que participaram de uma conferência online em Berlim.

Scholz entra na campanha eleitoral parlamentar prometendo transformar socialmente a economia e trazer progresso ambiental, estabelecendo a meta de neutralidade climática da Alemanha até 2045.

Atual parceiro minoritário de coalizão do governo liderado pelos democratas-cristãos de Merkel, o partido de Scholz vem perdendo terreno para os verdes da Alemanha. No momento, os verdes lideram a preferência entre o eleitorado alemão, segundo pesquisas, e o SPD, em declínio há pelo menos dez anos, corre o risco de registrar o seu pior resultado em eleições federais do pós-guerra.

Além de tentar embarcar na agenda ambiental, cada vez mais popular entre os alemães, Scholz também tentou se vender como um político experiente, numa tentativa de cutucar a candidata do Partido Verde,  Annalena Baerbock, de 40 anos, que acumula apenas oito anos como deputada federal em sua carreira política.

"Posso contribuir com minha experiência, minha força e minhas ideias",  disse Scholz, de 62 anos, listando sua experiência como prefeito, ministro e vice-chanceler no atual governo de coalizão.

Scholz também fez outras promessas, como aumento do investimento público para fortalecer o sistema de saúde, escolas e transporte público. "Eu quero melhorar muitos fundamentos da vida cotidiana", disse o vice-chanceler.

O candidato também falou em melhorar as condições de trabalho, incluindo aumento do salário mínimo para 12 euros por hora - atualmente o valor é de 9,50 euros.

Durante a conferência que oficializou a candidatura de Scholz, os social-democratas também criticaram seus atuais parceiros de coalizão, os conservadores democratas-cristãos.

Lars Klingbeil, secretário-geral do SPD, descreveu os correligionários de Merkel como políticos mais interessados em lutas pelo poder e personagens que protagonizam novos escândalos todas as semanas. Recentemente, diversos membros da União Democrata-Cristã (CDU) e do braço bávaro da sigla, a CSU, foram alvo de acusações de corrupção ou conflito de interesses em negócios envolvendo a compra de máscaras e lobby para governos estrangeiros.

Klingbeil também criticou a escolha do governador Armin Laschet como candidato da CDU para a sucessão de Merkel. "É vazio em termos de conteúdo, e é bom para a Alemanha se estes conservadores acabem não tendo mais responsabilidades", disse Klingbeil, em referência às pesquisas eleitorais, que apontam a CDU/CSU atrás dos verdes.

Já Scholz, segundo Klingbeil,  representa quatro objetivos principais: neutralidade de carbono em 2045, um sistema de transporte mais moderno, soberania digital e um forte sistema de saúde.

"Hoje é o primeiro dia de recuperação para as eleições federais", acrescentou Klingbeil, citando os números nada animadores do SPD. Neste domingo, uma pesquisa eleitoral divulgada pelo tabloide Bild apontou que o SPD tem 16% das intenções de voto. A CDU de Merkel aparece com 23%, atrás dos verdes, que têm 26%.

jps (dpa, ots)