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Sanofi ajudará na fabricação de vacina da Pfizer

27 de janeiro de 2021

Concorrente francesa disponibilizará, a partir de julho, fábrica em Frankfurt para produção da empresa americana, em dificuldades para atender à demanda pelo imunizante contra covid-19.

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Logotipo da Sanofi na sede da empresa, em Paris
Sanofi foi pressionada pelo governo francês a adotar essa atitude inéditaFoto: picture-alliance/AP Images/C. Ena

A farmacêutica francesa Sanofi anunciou nesta quarta-feira (27/01) que vai fabricar mais de 125 milhões de doses da vacina desenvolvida pela concorrente americana Pfizer em parceria com a empresa alemã Biontech para a União Europeia (UE) a partir de julho de 2021.

A Sanofi acrescentou que, ao mesmo tempo, continuará com o desenvolvimento de suas duas candidatas a vacina, que até o momento não apresentaram resultados satisfatórios, o que levou a empresa francesa a adiar para o fim de 2021 a entrega aos clientes.

O anúncio ocorreu após o governo francês ter pedido à farmacêutica, várias vezes, que disponibilizasse suas linhas de produção aos concorrentes, para ajudar a suprir à demanda pelo produto.

"Percebemos que quanto mais cedo as vacinas estiverem disponíveis, mais vidas podem ser potencialmente salvas", disse o presidente da Sanofi, Paul Hudson.

Ele acrescentou que o inédito acordo alcançado com a Pfizer reflete a vontade de todo o setor farmacêutico de lutar contra a pandemia de covid-19 e, em particular, contra a escassez de vacinas devido à insuficiente capacidade de produção.

A Sanofi usará sua fábrica em Frankfurt, na Alemanha. Ela foi escolhida por estar próxima à fábrica da Pfizer em Mainz, de onde sairá o ingrediente ativo.

Faltam vacinas para covid-19

O acordo é alcançado num momento em que vários laboratórios estão em dificuldades para manter o ritmo de produção elevado de forma a respeitar os contratos de distribuição que assinaram.

A Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã Biontech foram as primeiras a advertir, este mês, que não conseguiriam cumprir a cronograma inicialmente acertado com a União Europeia, antes de dizer que podiam limitar a uma semana o atraso nas entregas.

Na semana passada foi a vez de a britânica AstraZeneca, cuja vacina ainda não foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), indicar que as suas entregas seriam inferiores ao previsto no primeiro trimestre, causando indignação na União Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pressionou os fabricantes nesta quarta-feira ao dizer que eles devem honrar seus compromissos.

"A Europa investiu bilhões de euros para desenvolver as primeiras vacinas e criar um verdadeiro bem comum a nível mundial. Agora é a vez de as empresas cumprirem suas promessas", disse a alemã.

as/cn (Lusa, Efe, AFP)