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Ato contra aumento de tarifas de transporte termina em violência no Rio

7 de fevereiro de 2014

Ato no Rio de Janeiro contra o aumento das passagens de ônibus termina em confronto entre manifestantes e policiais. Um cinegrafista de TV ficou gravemente ferido. Repórter da DW também foi agredido.

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Brasilien Ausschreitungen in Rio
Foto: Reuters

Uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (06/02), terminou em confrontos violentos entre policiais e manifestantes.

Os protestos começaram por volta das 19:00 com uma reunião pacífica em frente à igreja da Candelária, no centro da cidade. Em seguida, os manifestantes caminharam em direção à estação Central do Brasil, que conecta as linhas do metrô aos trens metropolitanos.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em torno de mil manifestantes pularam as catracas e incentivaram os passageiros a fazer o mesmo. Uma das catracas foi quebrada, o que levou à interferência da polícia, que lançou bombas de efeito moral nos corredores da estação.

Os confrontos deixaram ao menos sete feridos. Um cinegrafista da rede de televisão Band foi atingido por uma das bombas e ficou gravemente ferido. Ele foi levado ao hospital e teve que passar por cirurgia. Seu estado é grave. Um repórter da DW, Philipp Barth, também disse ter sido agredido por policiais, que derrubaram sua câmera e lhe deram um soco na barriga e um chute.

Brasilien Ausschreitungen in Rio
A violência entre manifestantes e policiais deixou ao menos sete feridosFoto: Getty Images

Pelo menos 20 manifestantes foram presos.

Aumento deverá entrar em vigor no sábado

O motivo dos protestos foi o aumento de R$ 0,25 nas passagens de ônibus, elevando o preço para 3 reais. A nova tarifa, anunciada pelo prefeito Eduardo Paes na semana passada, deverá entrar em vigor neste sábado.

O aumento das passagens do transporte público foi o estopim dos protestos em massa que se espalharam pelo país em junho do ano passado.

No Rio de Janeiro, as manifestações chegaram a reunir 300 mil pessoas, que também protestaram contra a corrupção e as desigualdades sociais. Na época, o aumento acabou sendo cancelado pelo governo.

RC/lusa/dpa