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Polônia nega extradição de Polanski para os EUA

6 de dezembro de 2016

Decisão põe fim à parte polonesa de um caso que se arrasta desde 1977, quando cineasta foi acusado de ter relações sexuais com menor de idade nos Estados Unidos. Diretor vive hoje na França.

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Roman Polanski
Foto: picture-alliance/dpa/J. Bednarczyk

O Supremo Tribunal da Polônia rejeitou nesta terça-feira (06/12) a reabertura do processo de extradição do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos, onde ele enfrenta acusações de abuso sexual desde a década de 1970. A Suprema Corte polonesa justificou a decisão alegando que o diretor de cinema manteve uma vida profissional e familiar estável nas últimas décadas.

O veredicto põe fim à parte polonesa de um caso que se arrasta desde 1977, quando Polanski, então com 43 anos, foi acusado de ter mantido relações sexuais com a menor de idade Samantha Gailey, após uma sessão fotográfica em Los Angeles. A jovem, que na época tinha 13 anos, afirma que o cineasta a drogou e a forçou a ter relações sexuais com ele.

Polanski, hoje com 83 anos, admitiu relações sexuais com a menor e chegou a passar 42 dias na prisão, até que ganhou liberdade condicional sob pagamento de  uma fiança. Em 1978, com receio de ter de voltar a prisão, fugiu dos EUA. Natural da Polônia, ele vive atualmente na França.

A decisão do tribunal  marca uma derrota para o promotor e ministro da Justiça polonês, Zbigniew Ziobro, que queria entregar Polanski para os Estados Unidos. Em maio, Ziobro tinha recorrido ao Supremo para solicitar a revogação de uma sentença de 2015 contra a extradição do diretor franco-polonês de 83 anos, alegando que o status de celebridade ajudou Polanski a escapar da Justiça.

O pedido do ministro polonês se insere no contexto da política do governo nacionalista-ultraconservador do partido Lei e Justiça (PiS), cujos dirigentes se propuseram a devolver a moral às instituições do país de forte tradição católica.

IP/rtr/efe/lusa