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Países da UE querem reduzir verba para refugiados na Turquia

28 de outubro de 2017

Em carta à Comissão Europeia, Alemanha e outros cinco Estados reivindicariam que UE arque inteiramente com o pagamento para Ancara impedir entrada de migrantes em território europeu. Pacto totaliza 6 bilhões de euros.

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Acampamento de refugiados em Kilis, Turquia
Acampamento de refugiados em Kilis, TurquiaFoto: picture alliance/dpa/MOKU/Uygar Onder Simsek

A revista Der Spiegel  noticiou que Berlim e outros cinco Estados-membros da União Europeia pretenderiam reduzir seus pagamentos relativos ao pacto sobre os refugiados com a Turquia. O semanário se baseia numa carta onde os governos da Alemanha, Áustria, Dinamarca, Finlândia, França e Suécia reivindicam à Comissão Europeia que os pagamentos a Ancara passem a ser arcados inteiramente pelo orçamento da UE.

No acordo de 2016, o país se comprometeu a receber de volta os migrantes chegados à Grécia através dele. Para o acolhimento e cuidados dos refugiados, a Turquia receberia um total de 6 bilhões de euros, para cuja primeira parcela a Alemanha contribuiu com 500 milhões de euros.

Na cúpula da UE, uma semana atrás, em Bruxelas, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, declarou que essa verba era dinheiro bem investido, e que a comunidade europeia "naturalmente pagará também os 3 bilhões de euros restantes, prometidos para os refugiados na Turquia".

Segundo o Spiegel, diplomatas alemães relativizaram a carta dos seis países ao órgão europeu: ela deveria ser "antes interpretada como introdução a negociações financeiras difíceis com a Comissão". Além disso, "não exclui inteiramente um financiamento adicional pelos Estados-membros".

O Spiegel  afirma que, no que concerne a UE, a maior parte da primeira parcela da verba para os refugiados já está alocada: 899 milhões de euros já foram transferidos a Ancara e outros 1,7 bilhão de euros estão comprometidos com projetos. Agora falta encaminhar a segunda parcela, de 3 bilhões de euros.

AV/afp,dpa