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O grito de não à guerra

(sv)23 de março de 2003

Durante o fim de semana, milhares de pessoas foram às ruas em protesto contra a guerra no Iraque: de Berlim a Hiroshima, passando por Nova York, Madri e Sydney.

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Onda de protestos em todo o mundoFoto: AP

Os ataques norte-americanos ao Iraque desencadearam uma onda de protestos em todo o mundo: apenas em Londres, 150 mil pessoas foram às ruas, no último sábado (22), demonstrar a insatisfação com o conflito levado adiante, entre outros, pelo premiê britânico Tony Blair. Na França, os organizadores das passeatas em todo o país registraram a presença de cem mil pessoas, dez mil delas em Paris. Em Bruxelas, manifestantes entraram em confronto com a polícia em frente à embaixada norte-americana.

Nova York e Washington -

Também nos EUA, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas protestar contra os ataques ao Iraque. Escoltados por um austero esquema de segurança, os manifestantes em Nova York gritaram palavras de ordem antibélicas e carregaram cartazes com dizeres contrários à guerra. Em Washington, milhares de pessoas aglomeraram-se em frente à Casa Branca, bradando frases como "vergonha sobre Bush" ou "sem guerra pelo petróleo".

Bloqueio do espaço aéreo alemão -

Em várias cidades alemãs, mais de cem mil pessoas foram às ruas do último sábado (22) em protesto contra a guerra. Em Berlim, cerca de 40 mil manifestantes participaram de uma passeata entre a Alexanderplatz e o Portão de Brandemburgo, na região central da cidade. A reivindicação central em relação ao governo do país foi o pedido de bloqueio do espaço aéreo alemão para aviões de guerra.

Ao longo da marcha de protesto, os manifestantes passaram perto das embaixadas norte-americana e britânica, onde as medidas de segurança haviam sido fortalecidas. Durante os protestos na capital alemã, o parlamentar verde Hans-Christian Ströbele afirmou que "as manifestações pretendem fazer com que os americanos reconheçam que não vão passar ilesos". Ströbele defendeu ainda a retirada dos aviões alemães de reconhecimento Awacs da Turquia.

Também na Grécia, Dinamarca, Finlândia e Suíça, milhares de pessoas protestaram contra a guerra. Helsinki, a capital finlandesa, viveu a maior manifestação pacífica de toda a história do país, com vinte mil pessoas nas ruas. Em Sarajevo e Varsóvia, centenas de manifestantes afirmaram o não à guerra.

Sidney, Hiroshima e Jacarta -

Neste domingo (23), mais de trinta mil pessoas foram às ruas de Sidney, em uma passeata contra o conflito armado no Iraque. Em Hiroshima, dois mil japoneses reuniram-se em frente a um memorial às vítimas da bomba atômica. Em Jacarta, capital da Indonésia, o país com maior número de muçulmanos do mundo, extremistas afirmaram pelas ruas que o direito islâmico permitiria "o assassinato de George W. Bush". No Líbano, milhares de palestinos conclamaram todo o povo árabe a boicotar produtos norte-americanos.