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O entra e sai sem fim do governo Trump

7 de março de 2018

Primeiro ano do cargo do republicano é marcado por contínuas trocas e saídas de assessores, que em alguns casos ficaram apenas poucos dias no cargo.

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Donald Trump
Trump negou que haja caos e disse que "todo mundo quer trabalhar na Casa Branca"Foto: picture-alliance/dpa/P. Lynch

O primeiro ano de governo do presidente Donald Trump é marcado por um entra e sai que parece não ter fim na sua equipe de assessores e ministros.

A imprensa americana já comparou a situação com o programa de televisão que era apresentado por Trump, The Apprentice, no qual uma pessoa era eliminada toda semana.

"Donald Trump está produzindo o maior reality show de todos os tempos", afirmou a emissora CNN. "Você pode deixar a reality TV, mas a reality TV não deixa você", ironizou.

A saída mais recente foi a do principal assessor econômico, Gary Cohn, que deixou o governo nesta terça-feira (06/03). Poucos dias antes, a diretora de comunicação e assessora mais antiga de Trump, Hope Hicks, comunicara que deixará o cargo nas próximas semanas.

Hope Hicks
Hope Hicks foi a quarta ocupante do cargo de diretora de comunicaçãoFoto: Reuters/L. Millis

Em meio aos contínuos abandonos, a imprensa americana afirmou que a Casa Branca passa por um período de turbulências sem precedentes e falou em caos. Trump negou.

"Todo mundo quer trabalhar na Casa Branca", assegurou o republicano durante uma entrevista. "Todos querem uma parte do Salão Oval." No Twitter, ele afirmou que "não há caos, apenas uma grande energia!".

Ele próprio, porém, contribuiu para a confusão ao acrescentar: "Ainda há pessoas que quero mudar (sempre procurando a perfeição)". Trump já reconhecera em outras oportunidades que é um chefe difícil e que gosta de ver seus assessores discutindo sobre medidas a serem tomadas. "Gosto de conflito", afirmou.

Casa Branca caótica

Trump nunca conseguiu preencher alguns cargos na Casa Branca, e outros estão constantemente em aberto. O de diretor de comunicação estará novamente vago em breve, depois da saída da quarta ocupante, Hicks. Antes dela passaram por lá Anthony Scaramucci, que ficou menos de uma semana, Sean Spicer e Mike Dubke.

Entre as saídas mais turbulentas estão as do ex-estrategista-chefe Steve Bannon, que mais tarde deu declarações sobre os bastidores do governo Trump ao jornalista Michael Wolff, que as incluiu em Fire and Fury: Inside the Trump White House (Fogo e Fúria: por dentro da Casa Branca de Trump).

O livro pinta o retrato de uma Casa Branca caótica, desastrada e disfuncional sob a liderança de Trump. Na televisão, Wolff disse que os membros da equipe veem o presidente como uma criança e o chamam de idiota pelas costas.

Outra saída de impacto foi a de Mike Flynn, chamado por Trump para ser o conselheiro de segurança nacional e que ficou apenas 25 dias no cargo. Ele foi afastado por ter mentido ao vice-presidente Mike Pence sobre seus encontros com representantes russos antes da posse de Trump.

AS/ap/dw/lusa

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