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O Brasil na imprensa alemã (13/02)

13 de fevereiro de 2019

O reflexo da era Bolsonaro nos filmes brasileiros da Berlinale, o polêmico movimento Escola sem Partido e as investigações sobre o desastre de Brumadinho foram alguns dos temas abordados nos últimos sete dias.

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Cena de "Marighella", filme sobre o guerrilheiro brasileiro que estreia no Festival de Cinema de Berlim
Cena de "Marighella", filme sobre o guerrilheiro brasileiro que estreia no Festival de Cinema de BerlimFoto: picture alliance/dpa/02 Filmes

Der Tagesspiegel – Filmes de um país dividido, 12/02/2019

Seis seções e uma dúzia de filmes: as contribuições com participação brasileira marcam esta Berlinale. Não é de se admirar, considerando o novo presidente ultradireitista Jair Bolsonaro. Embora a eleição dele tenha ocorrido há apenas três meses e meio, as raízes da guinada à direita são bem mais profundas, como comprovam as obras vistas no festival. Tal um mosaico, elas formam a imagem de um país dividido. A Constituição do Brasil está entre as mais avançadas do mundo; o casamento entre pessoas do mesmo sexo está previsto nela já há seis anos. Ao mesmo tempo, o Brasil tem experimentado desde a vitória de Bolsonaro uma onda de violência contra pessoas queer.

Die TageszeitungA campanha de Bolsonaro contra os professores, 06/02/2019

O movimento Escola sem Partido tem o objetivo declarado de combater uma "doutrinação" dos alunos. O que é incrível nisso é aquilo que é considerado suspeito para os seguidores desse movimento. A saber, qualquer coisa que possa ir, de alguma forma, contra a "família tradicional": marxismo, socialismo, gênero, sexualidade, feminismo, história e religião africanas e também o tratamento crítico do racismo e da ditadura militar no Brasil.

[...] O novo presidente, que elogia, entre outras coisas, a ditadura militar, usou o Escola sem Partido como plataforma durante sua campanha eleitoral. Um de seus argumentos, propagado pelo WhatsApp e em entrevistas, é que a educação sexual contribui para a sexualização das crianças. Bolsonaro também afirma que os professores encorajam alunos à homossexualidade e a bissexualidade por meio da "ideologia de gênero".

Em seus ataques contra a suposta ideologia de gênero, Bolsonaro não levou a verdade muito ao pé da letra. Na campanha eleitoral, ele mostrou um livro que faria parte de um "kit gay" e que teria sido usado nas escolas públicas durante o governo do Partido dos Trabalhadores. Na verdade, o Ministério da Educação não tinha permitido o uso de tal livro escolar de anatomia.

Frankfurter Allgemeine Zeitung – Quem sabia do rompimento da barragem no Brasil?, 08/02/2019

A companhia mineradora Vale vem sofrendo pressão crescente após o devastador rompimento de uma barragem no sudeste do Brasil. Em relação à empresa de certificação alemã Tüv Süd, contratada para inspecionar a barragem, aparecem, além de graves acusações, também revelações favoráveis.

Segundo informações da emissora brasileira TV Globo, funcionários da Vale foram informados dois dias antes da tragédia sobre problemas nas medições de controle. Funcionários da Tüv teriam, além disso, apontado, já meses antes do acidente, para problemas com o sistema de drenagem e falhas nas medições, segundo o jornal americano Wall Street Journal.

MD/ots

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