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Negócios da China em toda a Ásia

Karl Zawadzky (sm)18 de novembro de 2004

A economia alemã grassa na China, mas ainda não conseguiu se firmar de fato em outros países asiáticos. Durante a 10ª Conferência Ásia-Pacífico, realizada em Bangcoc, a economia alemã procura reverter este quadro.

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Relações comerciais com a Tailândia definham

A conferência bienal de economia alemã na Ásia-Pacífico, ponto de encontro mais importante de empresários e investidores de ambas as regiões, ocorre este ano nos dias 18 e 19 de novembro em Bangcoc. A meta do evento, que reúne ministros da Economia, representantes dos Estados alemães, cientistas e representantes de associações industriais e comerciais, além de 800 empresários, é possibilitar o intercâmbio de informações e a definição de interesses comuns.

Imagem recíproca de asiáticos e alemães

A conferência não se limita a debater exportação, importação e investimentos bilaterais, mas se estende para assuntos como política comercial internacional, transferência de tecnologia, profissionalização nas empresas alemãs estabelecidas na região, cooperação e desenvolvimento econômicos, além de possíveis contribuições da Alemanha para a melhoria do quadro ambiental dos centros industriais asiáticos.

Desta vez, a conferência traz uma novidade: a tentativa de investigar a imagem que os asiáticos têm da Alemanha e vice-versa. A idéia é trocar informações e melhorar a comunicação, pressuposto para se intensificarem as relações econômicas, políticas e culturais. É por isso que desta vez a delegação alemã conta com a participação do diretor geral da Deutsche Welle, Erik Bettermann.

Expansão para além da China

Treze por cento do comércio exterior e sete por cento dos investimentos alemães são realizados na região da Ásia-Pacífico. Empresas alemãs marcam presença em todos os países da região. A Siemens, por exemplo, comemorou há pouco tempo 100 anos de permanência na China, onde se faz presente hoje com 45 joint ventures e 30 mil funcionários. A Volkswagen, por sua vez, vendeu mais veículos na China do que na Alemanha no ano passado. A BASF investiu bilhões de dólares na construção do complexo químico mais moderno do mundo. Inúmeras empresas médias também arriscaram colocar o pé na China.

No entanto, a economia alemã tem um déficit em outros países asiáticos. Enquanto os empresários souberam aproveitar as chances para se estabelecer no país com o maior mercado interno do mundo, eles ameaçam perder o acesso a outros mercados asiáticos. Na Tailândia, por exemplo, tanto o comércio como os investimentos alemães vêm diminuindo. É por isso que a conferência de Bangcoc tem como principal meta estabelecer a base para intensificar o comércio exterior alemão em toda a região.

Presença alemã numa Ásia florescente

A China, com um crescimento econômico de 9% e um aumento de 25% das importações no ano corrente, representa o motor da economia asiática. O Japão conseguiu sair de uma recessão que durou quase dez anos e está passando por um período de nítida recuperação. O dinâmico desenvolvimento da Índia vem atraindo a atenção dos empresários alemães. Essas tendências positivas também se confirmam em outros países da região.

A Alemanha é importante investidor e parceiro comercial de diversos países asiáticos. Os investimentos diretos na China somam nove bilhões de euros. Firmas alemãs estão construindo, por exemplo, usinas na Indonésia e estradas na Tailândia. O novo edifício do parlamento de Hanói foi projetado por um escritório alemão de arquitetura. O novo aeroporto de Seul funciona com sistemas de logística concebidos na Alemanha.

Atrair investimentos para a Europa

Mas uma das metas da conferência de Bangcoc é incentivar os investimentos asiáticos na Alemanha, conforme destaca Heinrich von Pierer, presidente da Siemens: "A Alemanha tem diversas vantagens, como, por exemplo, a melhor localização geográfica da Europa. Justamente agora, com a ampliação da União Européia, é possível usar a Alemanha como ponte para o Leste Europeu. Além disso, temos ótimas tecnologias e boas universidades. Os chineses, principalmente, passaram a usufruir das nossas universidades bem mais do que era o caso no passado".