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Montadora

6 de março de 2009

A montadora Opel terá que esperar ainda pela decisão do governo alemão a respeito de uma ajuda bilionária a seus cofres. Ministro do Interior menciona possibilidade de insolvência da subsidiária alemã da GM.

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Salvação da Opel: 'caso complicado'Foto: AP

Em entrevista ao diário econômico Handelsblatt, o ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble, demonstrou sua rejeição à possível ajuda do governo do país à montadora Opel, subsidiária da General Motors.

"Temos de entender que, numa crise como essa, um sistema jurídico moderno de insolvência seria uma solução melhor do que a participação do Estado", afirmou o ministro. Schäuble disse estar convencido de que a sustentabilidade de soluções para a economia não deveria vir de uma decisão política, mas sim ser regulada pelo mercado.

Plano de seis pontos

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Wolfgang Schäuble, ministro do InteriorFoto: AP

A Confederação dos Trabalhadores de Ofícios também se opõe à ajuda estatal à Opel, ao alertar que a insolvência poderia até mesmo significar um novo ponto de partida mais saudável para a montadora do que injeções de capital do Estado.

O conselho de fábrica e representantes do conselho de administração da Opel apresentaram um "plano de seis pontos" próprio apontando soluções para o futuro da montadora.

O plano sugere, entre outros aspectos, a constituição de uma "Nova Adam Opel AG", que passaria a controlar, em toda a Europa, tanto as unidades de fábrica quanto a distribuição da Opel/Vauxhall. A General Motors, de acordo com o plano, deveria manter apenas uma participação minoritária.

Corte de empregos

Bundeswirtschaftsminister Karl-Theodor zu Guttenberg, links, und Opel Aufsichtsratschef Carl-Peter Forster, rechts, geben am Freitag, 6. Maerz 2009, nach ihren Gespraechen vor dem Bundeskanzleramt in
Karl-Theodor zu Guttenberg (esq.) e presidente da GM na Europa, Carl-Peter ForsterFoto: AP

Após um encontro nesta sexta-feira (06/03) com representantes da montadora e autoridades governamentais, o ministro alemão da Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg, afirmou que o caso Opel é uma "matéria muito complicada" e que ainda há "muitas questões em aberto".

Numa conversa telefônica com o presidente da GM na Europa, Carl-Peter Forster, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou sua insatisfação com o plano atual de salvação da montadora. O governo reclama principalmente que a Opel esteja pedindo um auxílio no valor de 3,3 bilhões de euros, ao mesmo tempo em que anuncia que pretende cortar milhares de empregos.

A questão das patentes

Segundo informações divulgadas pelo jornal alemão Bild, a GM não estaria mais de posse das patentes de sua subsidiária alemã. Estas teriam sido penhoradas pela montadora perante as autoridades financeiras norte-americanas em troca de um auxílio do governo norte-americano. Os EUA disponibilizaram à montadora quatro bilhões de dólares em meados de fevereiro último.

Um porta-voz da GM, porém, afirmou que a Opel "tem acesso completo a sua tecnologia". Do plano de salvação esboçado pela Opel com o aval da GM, constaria também a informação de que a subsidiária alemã não precisa pagar qualquer licença pelo uso de suas próprias tecnologias.

SV/RW/ap/afp