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Saab e Opel em apuros

Agências (as)20 de fevereiro de 2009

Fabricante sueca de automóveis Saab inicia processo de reorganização e planeja se separar da General Motors. Montadora alemã Opel necessita de garantias de empréstimos ainda maiores.

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O modelo Saab 9-3 Bio Power exposto em LondresFoto: picture-alliance/Bildfunk

As sérias dificuldades financeiras da General Motors (GM) nos Estados Unidos têm reflexos cada vez mais graves nas subsidiárias europeias. Nesta sexta-feira (20/02), a sueca Saab obteve da Justiça proteção contra credores e deu início a um processo de reorganização. Na Alemanha, a Opel confirmou que precisa de garantias de empréstimos do Estado maiores do que o anteriormente previsto.

Além de dar início a um processo de reorganização, a Saab comunicou que pretende ainda se separar da GM e concentrar na Suécia todo o desenvolvimento e a produção de veículos da marca, decisão que também atinge a Opel. O presidente da Saab, Jan Åke Jonsson, declarou ao diário Handelsblatt que o futuro modelo 9-5 não será mais fabricado na unidade da montadora alemã em Rüsselsheim, mas na fábrica da Saab em Trollhättan, na Suécia.

Jonsson disse ainda que não pretende mais colaborar com a Opel. Comunicado da Saab afirma que o processo de reorganização tem por objetivo criar uma empresa totalmente independente e aberta a investimentos. O processo está previsto para durar três meses e não será "um caminho fácil", previu Jonsson. A Saab emprega 4,1 mil pessoas.

A direção da GM apoia a decisão da montadora sueca. Um porta-voz disse em Detroit que a GM está disposta a conceder uma ajuda financeira de 400 milhões de euros à Saab, desde que o governo sueco disponibilize mais 600 milhões. Jonsson também disse esperar garantias estatais para que o processo de reestruturação seja bem-sucedido. O ministro da Economia da Suécia, Maud Olofsson, afirmou que plano para salvar a empresa é "otimista demais" e negou auxílio.

Opel precisa de garantias estatais maiores

Na Alemanha, a Opel confirmou notícias veiculadas na imprensa – de que as garantais estatais de que necessita são maiores do que o divulgado em 2008 – mas se recusou a fornecer valores. Segundo o Handelsblatt, que cita fontes da direção da Opel, a montadora necessita de garantias de empréstimos da ordem de 2,6 bilhões de euros. Já a revista Der Spiegel fala em 3,3 bilhões de euros. A Opel havia solicitado 1,8 bilhão de euros em 2008.

De acordo com a GM, a crise na Opel se agravou desde novembro passado, quando foi apresentado o primeiro relatório sobre a situação da montadora alemã e estimado o valor de 1,8 bilhão de euros. Os motivos são a queda nas vendas no mercado espanhol e as desvalorizações da libra na Inglaterra e do rublo na Rússia.

O governo alemão preferiu não se pronunciar sobre a questão. Segundo um porta-voz do Ministério alemão da Economia, o governo aguardará pelo projeto de restruturação que a Opel prevê apresentar até o final da próxima semana.