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Laboratórios francês e sueco confirmam veneno em Navalny

14 de setembro de 2020

Após exame na Alemanha, mais dois laboratórios apontam que líder oposicionista russo foi de fato envenenado com agente do tipo Novichok, diz o governo alemão, que volta a pedir esclarecimentos ao Kremlin.

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Alexei Navalny
Alexei Navalny é o principal opositor do atual governo da RússiaFoto: Reuters/S. Zhumatov

Laboratórios da França e da Suécia confirmaram que o líder oposicionista russo Alexei Navalny foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novichok, anunciou nesta segunda-feira (14/09) o governo da Alemanha.

"Renovamos nosso apelo à Rússia para que forneça os esclarecimentos sobre o que se passou", afirmou o governo alemão, que reforçou a declaração de que o envenenamento constitui uma "grave violação" da Convenção sobre Armas Químicas.

Um dos maiores críticos do governo do presidente Vladimir Putin, Navalny, de 44 anos, é conhecido por seus inquéritos anticorrupção mirando a elite política russa. Ele sentiu-se mal durante uma viagem de avião em 20 de agosto e foi hospitalizado de urgência em Omsk, na Sibéria, antes de ser transportado em coma induzido para Berlim.

A Alemanha e outros países ocidentais acusaram as autoridades russas de envenenamento, mas o Kremlin rejeitou qualquer envolvimento no caso e solicitou à Alemanha que compartilhe os documentos que comprovam o envenenamento.

Segundo as autoridades alemãs, o principal opositor do Kremlin foi, "sem dúvida", envenenado na Rússia por um agente do tipo Novichok, uma substância concebida na época soviética para fins militares e já utilizada contra o ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha Yulia, em 2018, na Inglaterra. O envenenamento havia sido constado por um laboratório especial, a pedido do Hospital Universitário Charité de Berlim, onde Navalny está internado, segundo anunciou Berlim.

Uma semana após deixar o coma, Navalny não está mais respirando com a ajuda de aparelhos, vem recuperando os movimentos e já consegue sair da cama, segundo informou o hospital nesta segunda-feira.

Pressionado por alguns políticos alemães, o ministro do Exterior, Heiko Maas, afirmou no início do mês que a Alemanha cogitava discutir possíveis sanções à Rússia pelo envenenamento.

AS/lusa/dpa