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José Dirceu se entrega à Justiça

18 de maio de 2018

Condenado no âmbito da Lava Jato, ex-ministro começa a cumprir pena de 30 anos e nove meses de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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José  Dirceu
Com fim do julgamento em segunda instância, juíza decretou prisão de DirceuFoto: picture-alliance/dpa/H. Alves

O ex-ministro José Dirceu se entregou nesta sexta-feira (18/05) às autoridades para iniciar o cumprimento da pena de 30 anos e nove meses de prisão. Ele foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Dirceu deixou sua casa, na região central de Brasília, por volta das 13h45, em direção ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames. Segundo o advogado do ex-ministro, Roberto Podval, seu cliente deve iniciar o cumprimento da pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília, até ser definido o local onde ele ficará preso.

A decisão judicial prevê que o ex-ministro cumpra a pena no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR). 

Depois de ter seu último recurso em segunda instância negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a prisão de Dirceu foi decretada na quinta-feira pela juíza substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba, Gabriela Hardt.

O ex-ministro foi acusado de participar de um esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. O Ministério Público Federal afirma que ele recebeu 12 milhões de reais em propinas.

Em primeira instância, o ex-presidente do PT havia sido condenado em maio de 2016 por Moro a 20 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em setembro do ano passado, porém, o TRF-4 aumentou a pena dele para 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

Preso em agosto de 2015, Dirceu ganhou o direito de responder aos processos que enfrenta em liberdade em maio de 2017. Além desta condenação confirmada em segunda instância, o ex-ministro também foi condenado por Moro em março de 2017 a 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com a segunda sentença, Dirceu recebeu propinas que somam 2,1 milhões de reais para agir em favor da empresa Apolo Tubulars em um contrato com a Petrobras para o fornecimento de tubos entre 2008 e 2012.

CN/abr/ots

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