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Inflação nos EUA tem a maior alta em 40 anos

13 de julho de 2022

Taxa anual registrada em junho é a maior desde 1981. Gasolina e alimentos são principais causas do aumento dos preços. Dados fortalecem expectativa de que Fed eleve os juros em 0,75 ponto neste mês.

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Pessoas em supermercado
A alta inflação e sobretudo o aumento do preço da gasolina, preocupam os americanosFoto: Carlos A. Moreno/ZUMA/picture alliance

A inflação nos EUA atingiu a maior alta em quatro décadas em junho, com os preços ao consumidor subindo 9,1% em relação ao ano anterior, informou o governo americano nesta quarta-feira (13/07).

Essa é a maior taxa anual desde 1981, superando os 8,6% registrados em maio.

De um mês a outro, os preços subiram 1,3% entre maio e junho, enquanto de abril a maio apresentaram alta de 1%.

Os números ainda não mostram os efeitos da política monetária agressiva do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que vem elevando as taxas desde março passado e pretende continuar fazendo isso até que a inflação seja contida.

Gasolina e alimentos são maiores vilões

A subida dos preços da energia, sobretudo da gasolina, assim como dos alimentos foram os fatores que, novamente, mais influenciaram a nova alta da inflação.

O aumento do preço da energia foi de 7,5% em um mês e contribuiu para quase metade do aumento mensal, e no caso específico da gasolina, subiu 11,2% no mês passado  – e 59,9% nos últimos 12 meses. A alta do custo dos alimentos em junho foi de 1%.

Nos últimos 12 meses, os preços da energia subiram 41,6%, o maior crescimento desde abril de 1980. Quanto aos alimentos, a alta foi de 10,4% em um ano, a maior desde fevereiro de 1981.

Taxas de juros em alta

O Fed elevou as taxas de juros em suas últimas três reuniões, e também o fez progressivamente, elevando 0,25 ponto percentual em março, 0,50 ponto em maio e 0,75 ponto em junho – que foi a maior alta em quase 30 anos.

O banco central dos EUA já alertou que a intenção é aprovar um novo aumento na sua reunião de política monetária deste mês, agendada para os dias 26 e 27. Economistas alertam ser possível uma nova elevação de 0,75 ponto percentual.

A prioridade é a contenção dos preços. O Fed já deixou claro em várias ocasiões que continuará atuando para atingir este objetivo, ainda que a sua política monetária agressiva possa ter consequências negativas na evolução econômica.

A alta inflação e sobretudo o aumento do preço da gasolina são atualmente as principais preocupações dos cidadãos americanos e uma das razões para a atual baixa popularidade do presidente dos EUA, Joe Biden.

md (EFE, AFP, AP, Reuters)