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Forças líbias alegam retomada definitiva de reduto do EI

7 de dezembro de 2016

Combatentes do "Estado Islâmico" ainda ocupavam área com cerca de dez edifícios em Sirte, na Líbia, mas milícias afirmam que evacuação foi finalmente concluída. Cidade portuária foi principal reduto jihadista no país.

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Libyen Kampf gegen den IS um Sirte
Foto: Getty Images/AFP/M. Turkia

As forças líbias, apoiadas pelos Estados Unidos, anunciaram nesta terça-feira (06/12) que libertaram definitivamente a cidade de Sirte, na Líbia, das mãos do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).

A cidade portuária – onde nasceu o ditador líbio Muammar Kadafi, morto na revolução de 2011 – era controlada pelos jihadistas desde junho de 2015 e se tornou o mais importante reduto do EI fora do Oriente Médio, onde ainda exerce grande controle, principalmente na Síria e no Iraque.

Fontes da aliança de milícias, citadas pela agência de notícias Efe, afirmaram ter concluído a liberação de uma área de cerca de dez edifícios que ainda permanecia ocupada pelos terroristas. "Acabamos com as últimas posições do EI. Sirte está agora sob nosso controle", disse uma das fontes.

Mais cedo, as milícias haviam anunciado a prisão de três supostos jihadistas e a libertação de pelo menos 25 mulheres e crianças, numa operação que teve início nas primeiras horas da manhã.

A perda de Sirte é um grande golpe para o "Estado Islâmico", que se encontra agora sem reduto na Líbia. Embora não signifique o fim da presença do grupo no país – já que ainda há células operando em diferentes áreas líbias –, a expulsão diminui a força do EI na região de forma significativa.

O porta-voz das forças líbias Rida Issa afirmou que, embora "os prédios e ruas [do último bairro controlado pelos jihadistas em Sirte] estejam seguros", a operação militar na cidade não chegou ao fim. "Ainda precisamos assegurar as áreas em torno de Sirte", declarou o representante.

O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, comemorou a reconquista da cidade portuária. "É uma ótima notícia. A derrota do 'Estado Islâmico' é um importante feito, mas tem que ser visto apenas como um passo. As milícias que libertaram Sirte merecem ser parabenizadas", afirmou.

"Apesar de continuarem representando uma ameaça, os dias de controle do 'Estado Islâmico' na Líbia chegam ao fim", disse, por sua vez, o enviado especial da ONU para a Líbia, Martin Kobler.

A Líbia é considerada um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, desde que a comunidade internacional decidiu apoiar a revolta rebelde em 2011 e contribuiu militarmente para a queda do regime de Kadafi. Vários governos paralelos lutam pelo comando do país, e grupos radicais como o "Estado Islâmico" acabaram tirando proveito do conflito e aumentando seu controle na região.

EK/ap/efe/rtr/ots