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Ex-premiê israelense Olmert deixa prisão

2 de julho de 2017

Primeiro ex-chefe de governo a ir para a cadeia em Israel, Ehud Olmert é libertado por boa conduta após 16 meses. Ele foi condenado a mais de dois anos de prisão por corrupção.

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Ehud Olmert deixa a cadeia
Olmert deixa a cadeia após cumprir quase dois terços da pena de prisãoFoto: Reuters/R. Kastro

O ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert, de 71 anos, foi libertado neste domingo (02/07) depois de ter passado um ano e quatro meses na cadeia por corrupção. Ele havia sido condenado a dois anos e três meses de reclusão e obteve a liberdade antecipada por boa conduta.

Olmert deixou a prisão de Maasiyahu, em Ramla, através de uma porta dos fundos, por volta das 6h (horário local), como estava previsto, depois de o Serviço de Prisões de Israel ter aceitado reduzir sua pena. Ele entrou num veículo e seguiu para destino desconhecido. De acordo com a imprensa israelense, Olmert foi para uma das suas residências, perto de Tel Aviv.

A promotoria decidiu não apelar da decisão apesar de, a princípio, ter mostrado objeções a conceder a liberdade antecipada a Olmert. O ex-chefe do Executivo obteve o benefício em troca de participar de um programa de reabilitação e trabalho voluntário e se apresentar duas vezes por mês à polícia. Ele também está proibido de dar entrevistas e de deixar o país.

Olmert fora condenado a 18 meses de prisão por corrupção no âmbito do chamado caso Holyland, um escândalo imobiliário ocorrido em Jerusalém quando ele era chefe de governo (1993 a 2003) e que o obrigou a renunciar ao cargo de primeiro-ministro em 2008; a oito meses por fraude e corrupção devido ao caso Talansky, nome do empresário americano que subornou quando era ministro; e a um mês por obstrução da Justiça.

Olmert foi premiê entre 2006 e 2009 e o sucessor político de Ariel Sharon, o qual conheceu no conservador Likud para depois segui-lo quando, em 2005, fundou a legenda de centro Kadima. O político foi o primeiro ex-chefe de governo israelense a ser condenado e preso.

Olmert tocou em vários temas sensíveis quando foi primeiro-ministro. Ele afirmou que Israel poderia se tornar uma nova África do Sul da época do apartheid se mantivesse a ocupação de territórios palestinos e tentou um acordo de paz após a conferência de Annapolis, em 2007.

Olmert afirmou ter feito várias concessões aos palestinos, incluindo a retirada quase total da Cisjordânia e uma oferta para colocar a Cidade Antiga de Jerusalém sob controle internacional. Ele estaria perto de chegar a um acordo quando foi obrigado a renunciar devido ao escândalo de corrupção.

AS/lusa/efe/ap