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EUA ultrapassam 600 mil mortes com infecções em queda livre

15 de junho de 2021

País atinge patamar sombrio em meio a desaceleração de vacinações, ameaçando a meta do governo de inocular 70% dos adultos com ao menos uma dose até julho. Média de óbitos por covid-19 caiu em quase 90% desde janeiro.

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Mulher sentada sendo vacinada no braço
Vacinação na Califórnia: procura por centros de imunização diminuiu nos EUA Foto: Paul Bersebach/Orange County/ZUMA/picture alliance

Os Estados Unidos superaram nesta terça-feira (15/06) 600 mil mortes em decorrência da covid-19, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

O país atingiu o patamar sombrio em meio a uma preocupante desaceleração das taxas de vacinação, que ameaça a meta estipulada pelo governo do presidente americano, Joe Biden, de ter 70% dos adultos do país vacinados com pelo menos uma dose e 160 milhões totalmente inoculados até o dia 4 de julho – data em que se comemora a independência dos EUA.

O sucesso inicial da campanha de vacinação nos EUA teve grande impacto no ritmo de mortes por covid-19 no país.

Levou 113 dias para se ir dos 500 mil óbitos pelo coronavírus para os 600 mil – o segundo salto mais lento de 100 mil mortes desde que a pandemia começou. A nação passou de 400 mil para 500 mil mortes em apenas 35 dias.

"Não é hora de baixar a guarda"

"Meu coração está com aqueles que perderam entes queridos", afirmou Biden nesta segunda-feira, lembrando da triste marca da pandemia alcançada no país e apelando para que mais americanos se vacinem. "Nós temos mais trabalho a fazer para vencer este vírus, e agora não é o momento de baixar a guarda", afirmou o chefe de governo em entrevista coletiva em Bruxelas, após a cúpula da Otan.

Ele disse que, embora a média de casos de coronavírus e mortes pela doença esteja "caindo dramaticamente" nos EUA, "ainda há muitas vidas sendo perdidas", fato que ele classificou como "uma verdadeira tragédia".

Mortes em queda

A média de mortes por covid-19 de sete dias nos EUA caiu em quase 90% desde o seu pico, em janeiro. O país registrou 18.587 óbitos relacionados ao coronavírus em maio – cerca de 81% menos que em janeiro, segundo dados da agência de notícias Reuters.

Embora o epicentro da pandemia tenha mudado nos últimos meses para lugares como o Brasil e a Índia, os Estados Unidos continuam a ser a nação mais atingida em termos de mortes cumulativas.

Joe Biden
Joe Biden pediu que americanos não baixem a guarda e se vacinemFoto: Stephanie Lecocq/REUTERS

Mas o país vacinou até agora 166 milhões de adultos com pelo menos uma dose, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), embora a taxa de vacinas administradas tenha caído significativamente a partir do pico de vacinações, em meados de abril.

A média de hospitalizações por covid-19 de sete dias também despencou desde abril, devido às vacinações. Em 2 de junho, o total de pacientes hospitalizados caiu para abaixo de 20 mil pela primeira vez desde 24 de junho de 2020.

Mais adolescentes em hospitais

No entanto, a hospitalização entre adolescentes aumentou à medida que as variantes de vírus mais facilmente transmitidas começaram a se espalhar, de acordo com dados recentes do CDC.

A taxa de hospitalização por covid-19 aumentou entre adolescentes de 12 a 17 anos entre março e  abril, para 1,3 por 100 mil pessoas, informou a agência.

No geral, novos casos diários de covid-19 também estão caindo desde março, com o país relatando o menor número de casos per capita em maio deste ano, de acordo com análise da Reuters.

Com vacinações reduzidas a cerca de 1,10 milhão de doses por dia na semana passada – cerca de 67% abaixo da taxa mais alta de sete dias – o governo Biden e os governadores dos estados criaram toda forma de incentivos para incentivar as pessoas a se vacinarem. Isso inclui creche gratuita, transporte gratuito para centros de vacinação, turnos prolongados nas noites de sextas-feiras em farmácias e um sorteio para ganhar ganhar 1 milhão de dólares ou bolsas de estudo universitário.

Até o último domingo, quase 52% da população dos EUA tinha recebido a primeira dose da vacina, de acordo com o CDC.

md/lf (AP, Reuters)