EUA impõem novas sanções contra a Rússia
21 de setembro de 2018Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (20/09) uma nova leva de sanções contra a Rússia, alegando "atividades malignas" de Moscou para justificar a decisão. A medida atinge 33 indivíduos e empresas russas que têm relações com os setores de inteligência e defesa do Kremlin.
Entre os punidos, segundo fontes do governo americano que pediram anonimato, estão pessoas acusadas de ter colaborado com a Rússia para interferir nas eleições americanas de 2016. A medida representa uma tentativa de isolar economicamente o grupo, já que o governo dos EUA também punirá aqueles que tenham relações comerciais com citados.
Além deste grupo, uma agência militar chinesa e seu diretor também foram sancionados. Segundo os EUA, a Equipment Development Department foi punida por ter comprado armamentos da estatal Rosoboronexport, a maior exportadora de armas russas, que já havia sido sancionada pelo governo americano.
Os Estados Unidos afirmaram que a empresa chinesa comprou, em 2017, aviões de combate Su-35 dos russos. Em 2018, adquiriu equipamentos para o sistema de mísseis terra-ar S-400.
A companhia chinesa será proibida de fazer transações financeiras com os EUA, não poderá exportar produtos para o país e terá congelados todos seus ativos sob jurisdição americana. Essa foi a primeira vez que um terceiro país foi afetado com as sanções impostas à Rússia pelos Estados Unidos.
O Departamento de Estado americano disse que a medida contra a empresa chinesa está amparada numa lei aprovada em julho de 2017 e que tinha como objetivo de aplicar sanções à Rússia.
As atuais sanções se juntam às impostas à Rússia em agosto pelo Departamento americano do Tesouro. A medida foi imposta devido ao suposto envolvimento de Moscou no envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra.
Além destas sanções, em março, os EUA puniram 19 indivíduos e cinco entidades russas. Na época, o governo americano justificou a decisão alegando a participação de Moscou "em ações perversas no mundo todo", incluindo a "tentativa de minar as democracias ocidentais".
CN/efe/rtr/afp
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