1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Aumenta superávit comercial da China com EUA

8 de junho de 2018

Em plena crise comercial com Washington, novos números de Pequim mostram contínuo crescimento do superávit chinês. Trump critica duramente déficit dos EUA com a China, usado como pretexto para novas tarifas.

https://p.dw.com/p/2zAVZ
Produtos americanos em Hong Kong
Balança comercial entre EUA e China favorece a economia chinesaFoto: picture-alliance/ZUMAPRESS/M. Candela

Em meio à perspectiva de uma guerra comercial, as exportações da China para os Estados Unidos superaram as importações de produtos americanos para a China em 24,6 bilhões de dólares em maio. Segundo dados divulgados pela administração aduaneira de Pequim, nesta sexta-feira (08/06), o superávit foi 2,4 bilhões de dólares maior do que no mês anterior e também aumentou em relação a maio de 2017.

O desequilíbrio no comércio bilateral vem aumentando desde o início do ano. O déficit comercial dos EUA em relação à China subiu para 105 bilhões de dólares entre janeiro e maio, cerca de dez vezes mais do que nos primeiros cinco meses do ano passado.

Em comparação com o resto do mundo, a balança comercial chinesa se mostrou bastante diferente: no geral, o superávit comercial da China caiu. Segundo os dados mais recentes, o superávit chinês foi de 24,92 bilhões de dólares.

Em abril, foram mais de 28 bilhões de dólares. As exportações totais da segunda maior economia do mundo aumentaram 12,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto as importações aumentaram 26%.

O presidente americano, Donald Trump, quer que a China reduza seu excedente de exportações para os Estados Unidos. Somente no ano passado, a China exportou 375 bilhões de dólares a mais em produtos aos EUA do que importou de lá.

A perspectiva de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e China assustou os mercados internacionais em abril. Num intervalo de poucas horas, Washington e Pequim anunciaram novos aumentos nas tarifas de importação que deverão gerar prejuízos bilionários de ambos os lados.

O governo americano anunciou um imposto adicional de 25% sobre produtos importados chineses no valor de 50 bilhões de dólares. Horas mais tarde, o Ministério chinês do Comércio reagiu na mesma moeda, criando novas tarifas sobre produtos americanos, também de 25% e no valor de 50 bilhões de dólares.

A China apresentou, então, perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) uma denúncia formal contra os Estados Unidos pelas tarifas que Washington impôs, no valor de 50 bilhões de dólares, sobre as importações chinesas.

Em maio, Washington e Pequim anunciaram um acordo sobre como reduzir o déficit comercial entre os países. Os chineses se comprometeram a aumentar significativamente a compra de bens e serviços americanos. Os dois países também acertaram ampliar a cooperação na questão da propriedade intelectual, e a China se comprometeu a promover mudanças nas leis e regulações nesta área.

Apesar da reaproximação nas negociações com Pequim, Trump anunciou que pretende apresentar em 15 de junho uma lista de bens no valor de 50 bilhões de dólares da China a serem sobretaxadas.

A China alertou que um possível acordo comercial "não entrará em vigor", se Washington impor as sugeridas tarifas sobre as importações chinesas. "Não temos medo de travar uma guerra comercial", afirmou Pequim.

O iminente conflito comercial também é assunto da cúpula do G7, realizada nesta sexta-feira e no sábado, no Canadá.

PV/rtr/dpa/afp

_______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram