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Alemanha quer vacinar crianças até o fim de agosto

23 de maio de 2021

Ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu que doses da vacina da Pfizer sejam reservadas para faixa etária a partir dos 12 anos. Vacinação possibilitaria volta às aulas mais tranquila após as férias de verão.

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Sala de aula, com estudantes sentados em suas mesas. Eles usam máscaras. A maioria está de costas. Três adultos, de máscara estão na frente deles.
Vacina da Pfizer-BioNTech é a única atualmente em vias de aprovação na União EuropeiaFoto: picture-alliance/dpa/G. Fischer

A Alemanha pretende vacinar estudantes com mais de 12 anos contra a covid-19 até o fim de agosto, antes do retorno às aulas após as férias de verão na Europa. A meta foi anunciada pelo ministro da Saúde, Jens Spahn, em entrevista ao jornal alemão Bild deste domingo (23/05).

Spahn pediu que as doses da vacina desenvolvida pela empresa alemã Biontech em parceria com a farmacêutica americana Pfizer sejam reservadas para esse grupo, para que as escolas possam reabrir com mais tranquilidade.

"Já que somente uma determinada vacina é elegível para esse grupo, por causa da aprovação, doses suficientes da vacina da Pfizer-Biontech devem ser reservadas para ele", afirmou o ministro.

Spahn também disse estar "muito preocupado com o sofrimento das crianças na pandemia". Nas próximas semanas, ele pretende debater com pediatras, psicólogos e pedagogos como as falhas provocadas pelas restrições impostas pelo coronavírus podem ser compensadas.

A vacina da Pfizer-Biontech é a única atualmente em vias de aprovação na União Europeia para uso em adolescentes de 12 a 15 anos. Estados UnidosCanadá já aprovaram o imunizante e já estão vacinando essa faixa etária.

A empresa farmacêutica americana Moderna, que usa tecnologia de mRNA como a da Pfizer-Biontech, também anunciou planos de pedir autorização na União Europeia para uso de seu imunizante em adolescentes de 12 a 17 anos.

Após meses fechadas, as escolas alemãs voltaram às aulas em fevereiro. Em abril, uma regra aprovada pelo governo instaurou o "freio de emergência", que faz com que o ensino em sala de aula seja totalmente interrompido em regiões onde a taxa de incidência exceder 165 novos casos de covid-19 a cada 100.000 pessoas em sete dias.

Verão com menos restrições

Para que grandes e duradouras reaberturas possam ocorrer no verão europeu, Spahn afirmou que a incidência de novos casos de coronavírus deve ficar abaixo de 20 infecções a cada 100.000 habitantes em sete dias. Atualmente, essa taxa é de 64.

"Para um verão despreocupado, temos que diminuir ainda mais a incidência", disse Spahn. "No verão passado, era menos de 20. Devíamos tentar isso novamente. Cuidado e cautela ainda se aplicam", complementou. 

De acordo com Spahn, a experiência do verão passado mostra que especialmente as visitas a familiares em outros países podem aumentar o número de infecções.

"Na época, viagens ao exterior, visitas frequentes a parentes na Turquia e nos Bálcãs, causaram, em algumas fases, aumento de 50% nos novos casos. Temos que prevenir isso neste ano", lembrou Spahn.

Um dos planos para que isso não ocorra novamente é concluir acordos com a Turquia sobre testes de coronavírus na entrada e saída do país.

O ministro também mencionou na entrevista que está confiante de que concertos musicais ao ar livre poderão ser permitidos no verão.

"Não festivais de rock, com dezenas de milhares de pessoas. Mas concertos no Estádio Olímpico não completamente lotado ou no parque, com testes e distanciamento, estão dentro da perspectiva atual", explicou.

A Alemanha registrou neste domingo 6.714 novos casos de covid-19 e 82 mortes, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças. Nos finais de semana, porém, o número de casos notificados pelo RKI costuma ser menor, em parte porque menos exames são realizados.

No total, a Alemanha registra mais de 3,6 milhões de casos de covid-19 e mais de 87 mil mortes.

De acordo com a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, a Alemanha já aplicou ao menos uma dose de vacinas contra a covid-19 em 39,6% da população, e 13,5% já está completamente imunizada.

A partir de 7 de junho, o país passará a oferecer vacinas a todos os cidadãos que quiserem se imunizar, e não apenas os pertencentes aos grupos prioritários. 

le (EPD, AFP, DPA, ots)