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Alemanha é o principal parceiro da China na UE

(ns)21 de maio de 2004

Grande mercado em forte crescimento, a China é um cobiçado parceiro em todo o mundo. O comércio exterior com a Alemanha cresce constantemente e não há firma alemã que não esteja investindo pesado na região.

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Negócios da DHL alemã decolaram na ChinaFoto: AP

O Brasil está interessado numa "parceria estratégica" para criar uma nova frente na política internacional - um dos assuntos na agenda do presidente Lula, que estará de 23 a 27 de maio na China. A Alemanha, por sua vez, intensificou as relações econômicas por um lado e, em vez de somente criticar perseguições, execuções sumárias e violações dos direitos humanos na China, optou por um diálogo construtivo sobre o estado de direito.

Dele faz parte, por exemplo, um fórum para juristas realizado esta semana em Pequim sobre direitos fundamentais e regulamentação do estado de exceção. O intercâmbio contribuirá para a elaboração de uma lei a respeito.

Um fórum teuto-chinês sobre tecnologia de ponta foi realizado durante a visita à Alemanha do primeiro-ministro Wen Jiabao, no início de maio. Gerhard Schröder já esteve na China com uma numerosa delegação de empresários.

Importância recíproca

Em 2003, a China não só confirmou como reforçou sua posição de mais importante parceiro econômico da Alemanha na Ásia. As exportações alemãs para aquele país cresceram quase 25%, totalizando 18,2 bilhões de euros. Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 17,3% para 25 bilhões de euros. A Alemanha é o principal parceiro comercial da China na União Européia.

A China compra principalmente peças para veículos, máquinas, instalações e equipamentos industriais e exporta para a Alemanha aparelhos eletrodomésticos, de som, vídeo, têxteis e brinquedos. Na lista de países destinatários das exportações alemãs, a China figura em décimo lugar e o Brasil, em 29º. Na de importações alemãs, a China está em 7º lugar e o Brasil em 26º.

Beneficiados: porto de Hamburgo e empresa de transportes

Fußball-WM 2006 Deutschland Landungsbrücke in Hamburg
Não só de navios de passageiros vive o Porto de HamburgoFoto: AP

Portos e empresas de transporte muito têm lucrado com os negócios da China. Pelo porto de Hamburgo, por exemplo, o número 1 no comércio da Europa com a China, passaram 1,3 milhão de contêineres em 2003, um aumento de 15% no prazo de um ano. Um sexto das mercadorias que ali embarcam ou desembarcam tem que ver com a China. Já o porto de Xangai é o terceiro do mundo em contêineres. As relações comerciais entre Xangai e Hamburgo têm uma tradição de 130 anos.

Para a empresa alemã de correios Deutsche Post, empenhada em ser a líder mundial em logística, o mercado chinês é fundamental. Sua subsidiária de entrega de pacotes DHL faturou 500 milhões de euros em 2003 na China. Além de lucrar com o comércio exterior, tendo instalado novos centros de carga em Hong Kong e Xangai, a DHL está montando uma rede nacional de entrega de mercadorias e serviço expresso, que ligará em pouco tempo 300 cidades chinesas entre si e com o resto do mundo. Até 2008, a Deutsche Post pretende investir um bilhão de euros em sua expansão na Ásia, para aumentar seu faturamento na região de dois bilhões, atualmente, para quatro bilhões de euros.

Siemens: mais investimentos

Wen Jiabao bei Siemens
Premier chinês (e) visita fábrica de turbinas a gás da Siemens em BerlimFoto: AP

Todos os grandes conglomerados alemães estão presentes na China, entre eles a Siemens, que esta semana anunciou novos investimentos e um programa de 12 pontos para intensificar seus negócios no país. "Nos próximos três a cinco anos vamos investir mais de um bilhão de euros na China", confirmou o presidente do grupo Siemens, Heinrich von Pierer, em Xangai, onde participou dos festejos do primeiro centenário da empresa no país.

Os recursos irão principalmente para a ampliação de subsidiárias e filiais e a criação de novas cooperações (joint ventures). Quanto ao programa, a Siemens quer fortalecer os setores de pesquisa e desenvolvimento locais e aumentar sua produção de celulares de 14 milhões a 20 milhões por ano.