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Alckmin anuncia transição com "pais" do Plano Real e Tebet

8 de novembro de 2022

Vice-presidente eleito confirma nomes para equipes de preparação para o novo governo. André Lara Resende e Pérsio Arida integram grupo da economia. Simone Tebet está na coordenação da área de assistência social.

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Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin
Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin é o coordenador do gabinete de transiçãoFoto: Yuri Murakami/Zumapress/picture-alliance

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta terça-feira (08/11) os nomes que vão integrar a equipe responsável pelas áreas econômica e de assistência social na transição de governo.

Foram oficializados os economistas André Lara Resende e Persio Arida, membros da equipe que formulou o Plano Real, além de Guilherme Mello, da fundação Perseu Abramo, e de Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff.

O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada no gabinete de transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. Alckmin afirmou ainda que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega também deve integrar a transição. "É muito importante a sua experiência, a sua participação", ressaltou.

Assistência social

Para a coordenação da área de assistência social da equipe de transição, foram anunciados os nomes da senadora Simone Tebet (MDB), das ex-ministras de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e Tereza Campello, e do deputado estadual André Quintão (PT-MG).

Mais cedo, Alckmin já havia anunciado que Simone Tebet, ex-candidata à Presidência da República, seria encarregada da área de desenvolvimento social na equipe de transição. "A Simone, com a sua experiência e com a sensibilidade, a força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social, que é uma área importantíssima", afirmou o vice-presidente eleito.

Alckmin frisou que as nomeações não significam que os envolvidos na equipe de transição assumirão ministérios do próximo governo federal. "O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias", disse.

Janja da Silva, esposa de Lula, foi nomeada coordenadora da organização da posse do presidente eleito.

Grupos técnicos

Ao todo, foram estruturados 31 grupos técnicos, divididos em áreas como educação, saúde, cultura, segurança pública, assistência social e meio ambiente. 

O coordenador executivo será o deputado Floriano Pesaro (PSDB), enquanto a presidente do PT, Gleisi Hoffman, ficará com a articulação política.

Haverá também um conselho partidário, integrado por 11 siglas, além do PT e do PSD.

Por lei, o futuro governo tem direito a 50 cargos remunerados para a equipe de transição, mas também pode contar com trabalhadores voluntários. A equipe de transição, sob coordenação de Alckmin, deverá trabalhar no CCBB em Brasília, preparando as primeiras medidas a serem adotadas pelo novo governo.

Os nomes anunciados são apenas uma parte do grupo que irá compor a equipe de transição. Não há ainda um número fechado de todos os participantes, segundo Alckmin.

Orçamento e teto de gastos

Em relação ao Orçamento para 2023, Alckmin disse que, nos próximos dias, sairá a definição para recompor as verbas do Bolsa Família de R$ 600 (mais R$ 150 para famílias com crianças) e para as dotações para educação, saúde, obras e serviços públicos.

A equipe de transição discute se a autorização para estourar o teto de gastos em cerca de R$ 175 bilhões sairia via uma proposta de emenda à Constituição ou por meio de uma medida provisória que garanta créditos extraordinários (fora do teto) com autorização do Tribunal de Contas da União e da Justiça.

Para o vice-presidente eleito, a questão social é a mais importante neste momento. "O que é mais urgente é a questão social. Garantir o Bolsa Família de R$ 600. Implementar os R$ 150 para família com criança de 6 anos. Por quê? Porque, se a gente for identificar a pobreza absoluta, a fome, onde a questão social é mais grave, afeta mais essa família com criança pequena", explicou.

md (ots, EBC)