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UNITA denuncia ameaças nas redes sociais

Lusa
9 de setembro de 2022

Secretário provincial da UNITA em Luanda, Nelito Ekuikui, acusa o partido no poder em Angola de estar a divulgar uma lista de "alvos a abater".

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Foto: B. Ndomba/DW

O deputado Nelito Ekuikui publicou nas redes sociais um vídeo exortando as autoridades a agirem, perante as ameaças à integridade física às figuras ligadas à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) desde as eleições.

Ekuikui disse em declarações à agência Lusa que atribui a divulgação das ameaças nos grupos do WhatsApp à direção de informação e propaganda do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). A polícia já teria sido contactada, mas o político mostrou-se cético quanto a uma intervenção das autoridades: "Não vão fazer nada".

Contactado pela Lusa, o secretário para Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central do MPLA, Rui Falcão, negou que o partido esteja envolvido no incidente, salientando que este "não se revê e nada tem a ver com esse comportamento ignóbil só possível de ser adotado por criminosos a soldo".

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Segundo Falcão, "quem tem vindo a estimular os militantes da UNITA para ações de insurreição são os seus patrocinados", declarou.

Lista de "alvos a abater"

O cartaz que circula nas redes sociais apresenta várias figuras ligadas à UNITA, entre as quais o presidente, Adalberto Costa Júnior, Nelito Ekuikui, o general Abílio Kamalata Numa e os ativistas Osvaldo Kaholo, Dito Dali e Gangsta, com o título "Atenção autoridades".

"Em caso de instabilidade no país, fruto das eleições, esses devem ser os primeiros a ser abatidos", diz o cartaz, em letras vermelhas, que tem sido partilhado juntamente com uma lista de endereços.

"Estou muito tranquilo e sereno, não sou um homem que se deixa ameaçar", disse Nelito Ekuikui.

"Venham matar e depois façam um funeral, é mais fácil, em vez de constantemente ameaçar, se o nosso sangue é tão importante para se manterem no poder, à margem da vontade do povo", desafiou, durante uma transmissão em direto no Facebook.

A agência Lusa contactou o Serviço de Investigação Criminal (SIC), mas não conseguiu obter um comentário sobre o caso.

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