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Tudo a postos para presidenciais em São Tomé e Príncipe

Juvenal Rodrigues (São Tomé)15 de julho de 2016

A campanha para as eleições presidenciais do próximo domingo (17.07) em São Tomé e Príncipe termina esta sexta-feira. "Só estamos à espera do dia D", afirma o presidente da Comissão Eleitoral Nacional.

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Foto: DW/R. Graça

Para o último de campanha (15.07), os três principais candidatos, o atual Presidente Manuel Pinto da Costa e os antigos primeiros-ministros Maria das Neves - apoiada pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD, o maior partido da oposição) - e Evaristo de Carvalho - que tem o apoio da Ação Democrática Independente (ADI, no poder) - estão a preparar mega comícios e festivais nalguns pontos da capital.

Por escassez de meios, os restantes dois candidatos, o economista Hélder Barros e o biólogo Manuel do Rosário, deverão adotar a estratégia de contacto direto com eleitores em certas localidades.

E já está tudo a postos para a ida às urnas no próximo dia 17 de julho, garante o presidente da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), Alberto Pereira. "Os materiais chegaram atempadamente e os meios humanos e financeiros também foram disponibilizados pelo Governo" a tempo, disse à DW África.

Galerie - São Tomé e Príncipe
Palácio Presidencial em São ToméFoto: DW/R. Graça

Os materiais para que os são-tomenses na diáspora possam votar, nomeadamente em Portugal, Angola, Gabão e Guiné Equatorial, também já foram enviados. "Só estamos à espera do dia D", diz Alberto Pereira.

Para prevenir os cortes de energia que se têm registado no período que coincide com o fecho das assembleias de voto, a CEN vai "aprovisionar as mesas de voto com lanternas e velas".

Campanha tranquila

Com exceção de reivindicações em certas comunidades por falta de água e de estradas, tentativas de boicote e linguagem excessiva por parte de apoiantes de algumas candidaturas, a campanha eleitoral tem sido considerada relativamente tranquila.

As mensagens dos candidatos têm-se voltado para a necessidade de se garantir a estabilidade política, fomentar o diálogo e buscar consensos para promover o desenvolvimento do país.

A lei não prevê a participação direta da sociedade civil na monitorização das eleições, mas esse acompanhamento será feito, assegura o presidente da Associação Transparência Eleitoral, Hernâni Santiago.

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"Vamos observar e acompanhar o processo eleitoral e apresentaremos um relatório depois disso", afirmou o responsável, após o encontro com a Missão de Observação da União Africana (UA), chefiada pelo antigo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, que também falou com os candidatos e as autoridades.

No sábado (16.07), a CEN reúne-se com as equipas de observadores internacionais da UA, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e de alguns países com quem São Tomé e Príncipe tem relações bilaterais para esclarecimentos sobre o processo eleitoral de domingo.

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