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Na Guiné-Bissau tudo a postos para as eleições de 13 de abril

Braima Darame (Bissau)8 de abril de 2014

A contagem decrescente com vista às eleições gerais na Guiné-Bissau já começou. Os agentes das messa de votos não se entendem com o CNE quanto ao salário que vão receber. Mas de resto corre tudo conforme o previsto.

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Logotipo da CNE, Comissão Nacional de Eleições, da Guiné-BissauFoto: DW/B. Darame

A cinco dias das eleições gerais, os partidos políticos concorrentes às legislativas e candidatos às presidenciais retomaram nesta terça-feira (08.04) as atividades de campanha eleitoral após 3 dias de luto nacional pela morte do antigo presidente da República, Kumba Ialá.

O único pequeno desentendimento registado no processo opôs a Comissão Nacional de Eleições, CNE, e os agentes da mesa de voto.

As duas partes não se entendem quanto aos valores que devem ser pagos aos agentes que prestarão serviço nas assembleias de voto durante as eleições gerais do próximo domingo (13.04).

Pedem quase o dobro do que a CNE está a propor e ameaçam não ir as assembleias no dia do pleito.

O recuo dos descontentes

Esta terça-feira (08.04) esteve convocada uma marcha de protesto dos agentes eleitorais, marcha essa que foi suspensa à ultima hora.

Wahlen in Guinea Bissau
Edifício da CNE em BissauFoto: DW/B. Darame

Desconhece-se o motivo desta desconvocação, mas fontes contatadas pela DW África avançaram que os agentes eleitorais, terão acatado sem mais discussões as condições impostas pela CNE.

A par desta situação, o Movimento Nacional da Sociedade Civil dá nota positiva a campanha eleitoral.

Filomeno Cabral, do Movimento, diz que "a campanha está a decorrer no maior civismo possível, com respeito." Para ele os guineenses também têm mérito: "Mas o melhor de tudo é a sociedade em si, a forma como se tem portado."

O sindicalista lamenta o facto da sociedade civil não fazer parte da missão de observadores domésticos, como tem vindo a reclamar desde 2012: "Mesmo depois de terem feito a revisão da lei eleitoral não conseguiram fazer como que a sociedade civil participasse como observador doméstico."

Observadores a postos

Entretanto, nesta terça-feira (08.04) chegaram à Bissau os 23 elementos, integrantes da missão de observação eleitoral de curto prazo, que se juntaram aos 16 de longo prazo que já se encontram no terreno desde o passado dia 26 de março.

Portugal Lissabon CPLP Vicente Guterres Helder Vaz
Vicente Guterres (esq.), presidente do Parlamento timorense ao lado de Hélder Vaz, político guineenseFoto: DW/J. Carlos

No total serão 49 elementos. Estes vão observar o andamento da campanha eleitoral, os preparativos para as eleições, a votação, a contagem dos votos e o apuramento dos resultados.

Ainda no decorrer desta semana chegam à Guiné-Bissau quatro elementos do Parlamento Europeu que se vão juntar a Missão de Observadores Eleitorais da União Europeia.

Também Timor-Leste e Nova-Zelândia colocaram no terreno uma missão com mais de 10 homens.

A delegação é dirigida pelo presidente do parlamento de Timor-Leste, Vicente Guterres, que pediu aos guineenses inscritos no ato eleitoral de domingo para que exerçam na ordem o seu dever de cidadania.

Guterres fez votos "que os guineenses escolham os partidos e personalidades que acham que vão contribuir para aumentar a unidade entre todos", porque no seu parecer "acima das nossas diferenças partidárias e individuais está o interesse nacional", concluiu.

Com vista acompanhar também as eleições de domingo, chegaram nesta terça-feira (08.04) 220 observadores da CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que irão monitorizar o ato eleitoral em todo o país.

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A missão é composta por deputados do Parlamento da CEDEAO, magistrados do tribunal da organização regional e embaixadores de Estados membros acreditados em Abuja, capital da Nigéria.

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