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"Luta dos guineenses vai continuar", diz sindicalista

Lusa
20 de novembro de 2021

Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), Júlio Mendonça, afirmou hoje (20.11) que a luta dos guineenses continua até conquistarem seus direitos. Protesto reuniu centenas em Bissau. 

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Protest gegen die Regierung Guinea Bissau
Manifestantes e membros da UNTG protestam em Bissau (foto de arquivo).Foto: Iancuba Dansó/DW

"A nossa luta vai continuar enquanto não conquistarmos os nossos direitos", afirmou Júlio Mendonça, dirigente da principal central sindical do país, a  União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), ao final de um protesto de trabalhadores, que percorreu algumas das principais avenidas da cidade.

Os manifestantes percorreram cerca de três quilómetros a gritar palavras como "abaixo o Governo incompetente", "abaixo os deputados", "abaixo os subsídios milionários" e "abaixo o Orçamento de Estado". 

Acompanhados pelas forças de segurança, o protesto decorreu de forma pacífica, tendo terminado na sede da UNTG. 

Guinea-Bissau Júlio Mendonça, UNTG trade union center
O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), Júlio Mendonça.Foto: DW/B. Darame

Exploração permanente do povo guineense

"É evidente que desde a independência para cá assistimos apenas à desestruturação do aparelho do Estado da Guiné-Bissau e consequentemente à exploração permanente do povo guineense. Nós fizemos esta marcha percorrendo esta distância para demonstrar a nossa indignação e acordar a consciência do povo", afirmou Júlio Mendonça. 

Segundo o dirigente sindical, o povo tem sido impedido de refletir e "agir com a sua cabeça" e cabe à central sindical "acordar o povo e mostrar-lhe a responsabilidade que tem para conquistar a sua dignidade". 

"A dignidade do povo não será dada de bandeja aos políticos", salientou. 

Preocupação

Júlio Mendonça manifestou preocupação com o facto de os dirigentes políticos da Guiné-Bissau ainda não terem percebido a "gravidade do sacrifício que impuseram ao povo". 

"Hoje as condições de vida da população estão a agravar-se cada vez mais. Prova disso é que os produtos de primeira necessidade alimentares estão a aumentar sem controlo nenhum. Para nós isso é impossível, um país tão rico como o nosso não pode continuar a ser governado desta forma", afirmou o sindicalista. 

A central sindical tem convocado, desde dezembro de 2020, ondas de greves gerais na função pública. 

Qual é o impacto das greves na Guiné-Bissau?

Os trabalhadores exigem do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo.