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Alvoroço no MDM: Membros de Gurué juntam-se a novo partido

5 de julho de 2023

Centenas de membros e simpatizantes do MDM no Gurué, província da Zambézia, terão 'batido com a porta' e integrado a Nova Democracia, que entra pela primeira vez na corrida eleitoral, nas próximas autárquicas.

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(Imagem de arquivo)Foto: Marcelino Mueia/DW

Membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) na autarquia de Gurué, na província da Zambézia, revoltaram-se contra o presidente do partido, Lutero Simango.

Mais de 1.500 membros e simpatizantes do MDM estarão de saída do partido, de acordo com Simões José Basílio, antigo líder juvenil da segunda maior força da oposição e agora porta-voz na Nova Democracia.

Em entrevista exclusiva à DW, o político diz que tudo começou com a proibição da recandidatura de Orlando Janeiro à liderança da autarquia de Gurué, nas eleições de 11 de outubro.

"Nós éramos do MDM. Nesta congregação política houve um problema, e este problema no Gurué durou um ano. O próprio presidente do partido, Lutero Simango, nunca quis resolver este problema entre os membros. Nós, como membros, como povo, pegámos no Orlando Janeiro e fomos para outro partido, a Nova Democracia", explica.

"Os delegados já entregaram as bandeiras"

O porta-voz da Nova Democracia diz que entre os dissidentes estão vários delegados locais que já entregaram à estrutura máxima do MDM os cartões de membro e símbolos pertencentes ao partido.

"Os delegados já entregaram as bandeiras. Queriam que Orlando Janeiro fosse ainda cabeça de lista do MDM, mas os outros não queriam e ficaram a combatê-lo. Foi aí que o problema arrancou."

Mosambik | Wahlen
Delegado provincial do Movimento Democrático de Moçambique na Zambézia, Victorino FranciscoFoto: DW/M. Mueia

Orlando Janeiro foi presidente do município de Gurué entre 2013 e 2018 pelo MDM. Desta vez, pretendia voltar a candidatar-se pelo mesmo partido, mas foi impedido. Nas próximas eleições autárquicas, agendadas para 11 de outubro, o ex-autarca deverá candidatar-se pela Nova Democracria. 

Contactado pela DW, o delegado provincial do MDM na Zambézia, Victorino Francisco disse apenas que não podia avançar pormenores sobre o assunto, pois queria primeiro inteirar-se da situação em Gurué.

"Estou a caminho de Gurué, pois eu não tenho a certeza de que as informações são verdadeiras", adiantou.

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