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Adalberto Costa Júnior: "O MPLA não ganhou as eleições"

26 de agosto de 2022

Líder da UNITA garante que o seu partido não vai aceitar os resultados das eleições divulgados pela CNE. Adalberto Costa Júnior desafia o órgão a aceitar uma comissão para comparar as suas atas com as dos partidos.

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Foto: Borralho Ndomba/DW

Em declarações à imprensa na noite desta sexta-feira (26.08), em Luanda, Adalberto Costa Júnior afirmou: "Não existe a menor dúvida em afirmar, com toda a segurança, que o MPLA não ganhou as eleições de 24 de agosto".

O líder do maior partido da oposição angolana reagia aos resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que dão a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

Adalberto Costa Júnior desafiou a Comissão Nacional Eleitoral a aceitar a formação de uma comissão, com a participação da comunidade internacional, para comparar as suas atas sínteses das assembleias de voto com as dos partidos políticos.

 UNITA leader speaks to journalists
Foto: António Cascais/DW

De acordo com o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a comissão do seu partido responsável pela contagem paralela dos votos verificou que há uma série de "discrepâncias brutais" nos dados divulgados pela CNE.

No círculo eleitoral de Luanda, por exemplo, segundo Costa Júnior, as atas sínteses a que a UNITA teve acesso demonstraram que o partido obteve 70% dos votos. Mas, na contagem da CNE, este total chega a 62%, revelou o cabeça de lista.

"Votação abusiva e ilegal"

Adalberto Costa Júnior denunciou ainda o que classificou como "votação abusiva e ilegal" na província do Moxico, onde "curiosamente" a população ainda estaria a votar, 48h depois do término da votação na quarta-feira, 24 de agosto.

Diante destas situações, a UNITA não vai reconhecer os resultados divulgados pela CNE, afirmou o líder do maior partido da oposição angolana.

Sem comentar os vários protestos e distúrbios que estão a acontecer um pouco por todo o país, Costa Júnior agradeceu "aos angolanos e angolanas pela forma cívica como responderam ao apelo pela mudança".

Também apelou à manutenção da calma e confiança na direção da UNITA.

Artigo atualizado às 20:33 (CET) de 26 de agosto de 2022.

Thiago Melo da Silva
Thiago Melo Jornalista da DW África em Bona