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Crise no ciclismo

24 de maio de 2007

Ciclista é o quinto ex-integrante da equipe T-Mobile a assumir o uso da substância proibida EPO durante a década de 1990. Empresa anuncia que manterá patrocínio apesar da crise no esporte.

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Zabel admitiu uso da substância proibida EPO em entrevista à imprensaFoto: AP

O ciclista Erik Zabel, de 36 anos, confessou nesta quinta-feira (24/05) ter usado a substância EPO durante a Volta da França de 1996. "Eu me dopei porque era possível. Foi um teste, aconteceu uma única vez", afirmou. Zabel é o primeiro ciclista alemão ainda na ativa a reconhecer que se dopou.

"Estou pronto para assumir as conseqüências", disse Zabel, que à época corria pela equipe Telekom, antecessora da atual equipe T-Mobile. Pouco antes, o ex-ciclista e atual diretor esportivo da T-Mobile, Rolf Aldag, de 38 anos, confessou ter feito uso do EPO entre 1995 e 1997. Segundo ele, a prática era comum no ciclismo. As declarações foram feitas durante uma entrevista coletiva em Bonn, na sede da T-Mobile.

Cinco confissões

Com as confissões de Zabel e Aldag, sobe para cinco o total de ex-integrantes da antiga equipe Telekom a assumir o doping. Os ex-ciclistas alemães Bert Dietz, Christian Henn e Udo Bölts confessaram também nesta semana ter se dopado com EPO.

O ciclista Jan Ullrich, que foi afastado da equipe antes do início da última edição da Volta da França por suspeita de doping, nunca reconheceu ter feito uso de substâncias proibidas. Nesta quinta-feira, ele anunciou ter demitido o advogado que o defendia.

Já o dinamarquês Bjarne Riis, capitão da equipe Telekom em 1996, convocou uma entrevista coletiva à imprensa para esta sexta-feira.

Médicos envolvidos

Na segunda-feira, Dietz declarou à emissora de televisão ARD que havia doping na equipe Telekom durante a década de 1990 e acusou dois médicos da Universidade de Freiburg, Andreas Schmid e Lothar Heinrich, de envolvimento no caso. "Quando estavam presentes, os próprios médicos aplicavam as injeções", afirmou. Na terça-feira, foi a vez de Henn confessar o doping.

Na quarta-feira, os dois médicos envolvidos admitiram sua culpa. "Assumo ter participado de casos de doping de alguns ciclistas durante os anos 1990", afirmou Schmid. Eles foram demitidos pela universidade após assumir a participação no escândalo.

Apesar de tudo, a T-Mobile anunciou que continuará patrocinando o esporte e que Aldag permanecerá no cargo de diretor esportivo da equipe. As emissoras de televisão ARD e ZDF, que transmitem corridas de ciclismo, também anunciaram que manterão as transmissões. (as)