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O homem forte

Bernd Riegert (rr)22 de dezembro de 2006

No primeiro semestre de 2007, ele estará no centro das atenções: Wilhelm Schönfelder, representante da Alemanha na União Européia, se prepara para mais uma presidência alemã do Conselho da UE.

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Wilhelm Schönfelder
Schönfelder: há mais de 35 anos na diplomaciaFoto: picture-alliance/ dpa

Ele é, nas palavras do ministro alemão das Relações Exteriores, o mais importante embaixador alemão: Wilhelm Schönfelder é o representante da Alemanha na União Européia em Bruxelas, onde é predeterminada grande parte das leis alemãs.

Há 35 anos na carreira diplomática, Schönfelder já cumpriu diferentes funções durante quatro das inúmeras vezes em que a Alemanha ocupou a presidência do Conselho da União Européia. E ele está pronto para uma quinta, embora já tenha idade suficiente para se aposentar. Afinal, ele não pode dizer "não" a um pedido da chanceler federal.

"Não creio que haja grandes expectativas em relação à minha pessoa – embora eu seja, com certeza, um dos mais experientes, simplesmente pelo fato de estar aqui há mais tempo", disse. De todos os embaixadores na UE em Bruxelas, ele é quem está há mais tempo no cargo e ainda representa o maior país da União Européia, o membro que mais contribui financeiramente para o orçamento do bloco. Um homem de peso.

Moderação é ordem

Mesmo com tanta influência, não se deve usar a presidência do Conselho para impor interesses alemães, diz. "Creio que é preciso, em primeiro lugar, ter muita paciência; em segundo, uma saúde de ferro e, em terceiro, nunca esquecer que se trata da presidência da UE e não da Alemanha, ou seja, é preciso ser neutro."

Há três anos, Schönfelder e seus 190 funcionários se preparam para a próxima presidência alemã. Doutor em Economia, ele já trabalhou nas embaixadas alemãs em Washington, Cabul e Paris. Por que escolheu então seguir a carreira diplomática? "Esta é uma pergunta difícil, a pergunta sobre o próprio sentido da minha vida", disse rindo. "Quando eu era jovem – e naquela época ainda era possível escolher o que se queria ser –, foi a vontade de conhecer o mundo que me atraiu."

Mozart para relaxar

Mas o brilho e o glamour da diplomacia logo se revelaram ser apenas uma doce ilusão. Schönfelder passa pelo menos 12 horas por dia ocupado com documentos ou reuniões. "Um típico dia de trabalho tem muito pouco a ver com recepções, coquetéis e champanhe", explica. "O mais comum é passarmos o dia em salas fechadas, sem ver a luz do dia, em longas e intensivas sessões preparatórias. Estamos repletos de trabalho, não há mais tempo para recepções."

Em suas horas livres, ele escuta Mozart para relaxar das longas reuniões com colegas de pasta. "Há alguns anos, comecei a tomar aulas de piano. Eu poderia até tocar uma, duas ou três horas para você, mas não quero castigá-lo". Ele gosta de tocar, o que não significa que saiba tocar, brinca.

Depois da presidência alemã do Conselho da UE, que vai até o final de junho de 2007, Schönfelder pretende tocar mais piano e se dedicar a outros hobbies, como jogar xadrez e viajar. "Assim que sair daqui, vou à Patagônia e acompanharei com toda tranqüilidade as futuras presidências – quem sabe, pela Deutsche Welle."