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Von der Leyen visita a Ucrânia para tratar de adesão à UE

11 de junho de 2022

Presidente da Comissão Europeia reúne-se com o presidente Volodimir Zelenski em Kiev. Parecer sobre status de "país candidato" deve ser divulgado na próxima semana.

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Von der Leyen ao lado de Zelenski em coletiva de imprensa
Von der Leyen não fez promessas sobre o processo de candidatura da Ucrânia e observou que mais reformas eram necessáriasFoto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance

A Comissão Europeia dará um sinal claro na próxima semana sobre a candidatura da Ucrânia à União Europeia (UE), disse neste sábado (11/06) a presidente da comissão, Ursula von der Leyen, em Kiev.

Em uma visita supresa à Ucrânia, Von der Leyen afirmou que as conversas que manteve com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, "nos permitirão finalizar nossa avaliação até o final da próxima semana" – é a primeira vez que o bloco informou uma data sobre o tema.

Zelenski tem feito pressão pela rápida admissão da Ucrânia à União Europeia, como uma forma de reduzir a vulnerabilidade geopolítica do seu país, que sofre uma invasão russa desde 24 de fevereiro. Mas autoridades e líderes do bloco advertem que, mesmo com o status oficial de país candidato, o processo de adesão à UE pode levar anos ou mesmo décadas.

Von der Leyen, que falou ao lado de Zelenski durante sua segunda visita a Kiev desde o início da guerra, não fez nenhuma promessa, observando que mais reformas eram necessárias. Por sua vez, o presidente ucraniano advertiu que este era um "momento decisivo" para seu país e para a UE.

"A Rússia quer arruinar a unidade europeia, quer deixar a Europa dividida e quer deixá-la fraca. A Europa inteira é um alvo para a Rússia. A Ucrânia é apenas a primeira etapa desta agressão, nesse plano", disse.

Status de candidato

Apesar das reservas de alguns estados-membros, espera-se que os líderes da UE aprovem o status de candidato da Ucrânia em uma cúpula nos dias 23 e 24 de junho, embora com condições rigorosas.

Países como Estônia, Lituânia e Letônia, bem como Itália e Irlanda, são fortemente a favor de tornar a Ucrânia candidata à UE. 

Von der Leyen veste colete a prova de balas e sorri. Ela caminha acompanhada de uma mulher, que veste terno rosa. Há, também, outras pessoas na foto.
Von der Leyen desembarcou na estação de trens de Kiev e foi recebida pela vice-primeira-ministra ucraniana, Olga StefanischinaFoto: Michel Winde/dpa/picture alliance

"É uma mensagem política importante que devemos enviar o mais rapidamente possível", disse o presidente lituano, Gitanas Nauseda, após conversas com o chanceler federal alemão, Olaf Scholz. "Não temos o direito moral de perder este momento. A Ucrânia está defendendo esse direito com seu sangue", afirmou.

Outros países são mais céticos, incluindo França e Holanda. A Alemanha ainda não assumiu uma posição clara, mas Scholz enfatizou que não aceitaria nenhuma regra especial para a adesão acelerada da Ucrânia à UE. Para ele, isso seria injusto com os seis países dos Balcãs Ocidentais que também esperam aderir ao bloco. 

Sérvia, Montenegro, Macedônia do Norte e Albânia já são países candidatos à UE. Kosovo e Bósnia-Herzegovina ainda aguardam por esse status.

Segunda visita à Ucrânia

Esta é a segunda vez que Von der Leyen visita a Ucrânia desde o início da guerra. Em abril, ela esteve em Bucha, onde centenas de corpos de civis foram encontrados depois que as tropas russas se retiraram da cidade.

Na ocasião, ela também esteve em Kiev e se encontrou com Zelenski, a quem prometeu um parecer rápido sobre a admissão do país na União Europeia.

"Minha mensagem hoje é que a Ucrânia pertence à família europeia", disse Von der Leyen na época, quando entregou a Zelenski um questionário que serviria de base para as negociações de adesão da Ucrânia ao bloco.

le/bl (Lusa, AFP, ots)