Volta às aulas em ritmo de pandemia
Enquanto a covid-19 recrudesce, escolas procuram proteger seus alunos. Com máscaras, distanciamento, termômetros e até cubículos de plástico. Dos EUA à Nova Zelândia, da Tunísia à Suécia. E um 'Kit Abraço' brasileiro.
Tailândia: Aula na caixa de plástico
Os cerca de 250 alunos da Escola Wat Khlong Toey têm que ficar atrás de cubículos de acrílico e manter as máscaras de proteção durante as aulas. Diante de cada sala de aula encontram-se pias e saboneteiras, à entrada do edifício estão aparelhos para medir a temperatura. As severas medidas mostram resultado: desde meados de julho não se registraram novos contágios de covid-19 na escola.
Alemanha: Máscaras e disciplina
A Renânia do Norte-Vestfália, estado mais populoso da Alemanha, é o único onde é obrigatório usar máscara nas instituições de ensino mesmo durante as aulas. É preciso disciplina, e as alunas e alunos da Escola Primária Petri, em Dortmund, dão o exemplo. Como o ano letivo começou em 12 de agosto, ainda é cedo para avaliar o efeito da medida.
Índia: Aula pelos alto-falantes
Esta escola do lugarejo de Dandwal, no estado de Maharashtra, Oeste da Índia, também pensou nos que não possuem acesso à internet em casa. Para recuperar as matérias perdidas, os escolares podem escutar aulas pré-gravadas através de alto-falantes, ao ar livre e mantendo distanciamento. Maharashtra foi duramente atingido pela pandemia do coronavírus.
Nova Zelândia: Livre do coronavírus? Quase.
Estas meninas da capital neozelandesa, Wellington, estão felizes de poder ir às aulas. A situação é diferente em Auckland: após 102 dias com o país aparentemente livre de novas infecções, na segunda semana de agosto foram detectados quatro casos na metrópole. Fecharam-se escolas e todos os estabelecimentos comerciais não essenciais, os cidadãos foram instados a permanecer em casa.
Suécia: Diferente também nas escolas
Na Suécia ainda são férias de verão, mas essa imagem de fim de semestre no Ginásio Nacka, em Estocolmo, é bem simbólica do caminho alternativo escolhido pelo país escandinavo na luta contra o coronavírus: ao contrário da maioria das demais nações, não se impôs nem obrigatoriedade de máscara nem fechamento de escolas e outros estabelecimentos.
Territórios Palestinos: Recomeço após cinco meses
As aulas voltaram também nesta escola em Hebron, Cisjordânia, cerca de 30 quilômetros ao sul de Jerusalém, ainda que de máscaras e, em alguns casos, também luvas. Apesar do rosto coberto, a alegria da professora pelo reencontro é visível: as escolas da região estavam fechadas desde março devido à epidemia, tendo Hebron como epicentro.
Tunísia: Máscaras desde maio
Esta classe em Túnis já dava o exemplo desde cedo. Em março, diversas escolas da Tunísia ficaram fechadas por diversas semanas. O governo investiu em aulas particulares e ofertas educacionais na televisão e na internet. No terceiro trimestre voltam as aulas normais no país norte-africano, com máscara compulsória.
Congo: Aula, só de cabeça fria
Não é uma arma o que se aponta para a cabeça desse adolescente de Kinshasa, capital do Congo. Pelo contrário, no subúrbio chique de Lingwala, as autoridades tomam todo cuidado com a segurança sanitária dos alunos: eles só podem ingressar na Escola Reverend Kim após ter sua temperatura medida, e respeitando a obrigatoriedade de máscara protetora.
EUA: Duro aprendizado no campeão de infecções
Também nos Estados Unidos a medição da temperatura corporal agora faz parte do dia-a-dia escolar. E são urgentemente necessárias medidas para conter a covid-19 na maior potência mundial, pois o número de novos contágios e óbitos continua crescendo, no país mais severamente atingido pandemia.
Brasil: "Kit Abraço" contra a saudade
Maura Silva é professora de uma escola pública da Zona Oeste do Rio de Janeiro, na proximidade de algumas grandes favelas. Para minorar pelo menos um pouco o sofrimento de seus pequenos protegidos, ela criou o "Kit Abraço", que permite matar as saudades com segurança. Aqui, ela visita um aluno em casa e o ajuda a colocar as luvas, antes de se abraçarem.