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PolíticaBelarus

União Europeia aplica sanções contra Alexander Lukashenko

6 de novembro de 2020

Punição é resposta à fraude eleitoral e repressão violenta de protestos em Belarus. Presidente e outras 14 autoridades do país têm bens e fundos bloqueados e estão proibidos de viajar a países da UE.

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 Alexander Lukashenko
Lukashenko está no poder há 26 anos e é conhecido como "o último ditador da Europa"Foto: Sergei Sheleg/BelTA/AP Photo/picture-alliance

A União Europeia (UE) aprovou nesta sexta-feira (06/11) sanções contra o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, por fraude nas eleições presidenciais de 9 de agosto e pela posterior repressão contra protestos pacíficos e a oposição em seu país.

Além de Lukashenko, cujo mandato não é reconhecido pelas autoridades europeias, foram sancionados outros 14 funcionários de alto escalão de Belarus, incluindo o filho do presidente e seu assessor nacional de segurança, Viktor Lukashenko.

As sanções estão relacionadas à "repressão violenta e intimidação de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas" após as eleições presidenciais, informou o Conselho da UE em comunicado.

As medidas restritivas, que já se aplicam a um total de 59 pessoas, abrangem a proibição de viajar a países do bloco e o congelamento dos bens que elas possam ter na UE. Além disso, cidadãos e empresas da União Europeia estão proibidos de colocar fundos à disposição de quem está nessa lista.

No último dia 12 de outubro, os ministros das Relações Exteriores dos países da UE haviam chegado a um acordo para impor uma segunda rodada de sanções contra autoridades de Belarus responsáveis pela crise no país, incluindo Lukashenko.

Antes, o Conselho da UE havia condenado "com firmeza" a violência empregada por autoridades de Belarus contra pessoas que protestavam pacificamente e mostrado disposição em adotar medidas mais restritivas contra autoridades do alto escalão.

Em 24 de setembro, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, divulgou uma declaração em nome dos 27 países do bloco na qual assinalou que a suposta "tomada de posse" e o novo mandato de Lukashenko após as eleições "careciam de qualquer legitimidade democrática".Ele também pediu às autoridades de Belarus que se abstivessem de novamente fazer uso de repressão e violência contra os cidadãos, e que colocasse em liberdade "de forma imediata e incondicional" todos os detidos, inclusive prisioneiros políticos.

Há cerca de três meses, protestos eclodiram no país após o anúncio de que Lukashenko havia conquistado uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais e se encaminhava para permanecer mais cinco anos no poder. Chamado de o "último ditador da Europa", Lukashenko comanda Belarus desde 1994. Opositores afirmam que o pleito não passou de uma eleição de fachada marcada por fraudes.

Os protestos frequentes desde então estão sendo reprimidos com violência, e milhares de manifestantes foram presos. Entre os detidos estão dezenas jornalistas. Muitos dos presos já foram libertados e denunciaram ter sido vítimas de maus-tratos durante a detenção.

BL/efe/dpa