Uniforme dos jogadores
Calção, meiões, caneleira, chuteiras e luvas. Com a ajuda do Departamento Alemão de Patentes e Marcas, a DW Brasil reuniu informações importantes sobre o que um jogador precisa para entrar em campo.
Uniforme obrigatório
A Regra de número 4 do futebol estabelece que o uniforme do jogador deve consistir, obrigatoriamente, de camisa de manga curta ou comprida, calção, meiões, caneleira e chuteiras. Durante o jogo, a camisa e o calção servem para diferenciar as equipes, no entanto, segundo o Departamento Alemão de Patentes e Marcas (DPMA), tal vestimenta também pode ser usada para conter irregularmente o adversário.
Camisetas coladas
A tecnologia do caimento justo passou a ser usada na Copa de 2010 e foi vista com mais frequência na Copa de 2014. Segundo os fabricantes, o desempenho e a resistência do jogador aumentam com um tecido que comprima os músculos. Mas é um problema para aqueles que estão com quilinhos a mais.
Uniforme com partes rasgáveis
Peças de roupa cujos componentes resistem até certa carga de esforço: essa foi a reação à falta de ética no futebol com o aumento da violência a partir da década de 1990. Surgiram então patentes de uniformes com partes rasgáveis, o que permite ao árbitro avaliar a gravidade de uma falta, mas também oferece a possibilidade de manipulação pelo próprio jogador, afirma o Depto de Patentes.
Efeito camuflagem
Além da segurança e do desempenho dos jogadores, o vestuário também pode ser utilizado para obter vantagem sobre o adversário através de estímulos visuais, como mostra uma patente americana de 2007. Assim, o movimento do atleta pode ser amparado ou escondido por meio de elementos gráficos estampados no uniforme. Isso pode levar, por exemplo, a um efeito de camuflagem no caso de um drible.
Caneleira
A caneleira é outra peça obrigatória do uniforme de futebol. Sua história se iniciou na segunda metade do século 19, quando o escudo usado por jogadores de críquete passou a ser comum também no futebol. Mas a redução da liberdade de movimento não combinava com a crescente velocidade do futebol, por isso se tornou comum limitar a proteção da perna aos pontos mais vulneráveis, sobretudo à canela.
Força de impacto
A principal função das caneleiras é distribuir a força de impacto por uma superfície maior, reduzindo a energia do golpe ou pontapé. A Regra 4 estabelece que elas devem proporcionar razoável grau de proteção, estar totalmente cobertas pelos meiões e ser feitas de borracha, plástico ou material apropriado. No início, isso foi obtido com o uso de placas de metal, madeira ou couro, fixadas à perna.
Casquilho e revestimento
Mas logo surgiu a ideia de acoplar um forro elástico à caneleira, surgindo assim uma cavidade entre o casquilho rígido e a perna, como mostra uma patente alemã de 1925. A partir dos anos 1950, as caneleiras passaram a ser feitas de materiais termoplásticos rígidos, com seu interior revestido frequentemente com tecido macio ou espuma. Casquilho e revestimento também podem estar unidos por velcro.
Funções adicionais
Atualmente, os casquilhos não são feitos apenas de massa plástica rígida, mas exibem muitas vezes uma complexa estrutura multicamadas com propriedades amortecedoras. Ao longo dos anos, também foram concebidas caneleiras com função adicional de proteção da parte inferior da perna. Os exemplos atuais mostram elementos acoplados de forma flexível para proteção de tornozelo, calcanhar e peito do pé.
Uniforme do goleiro
O goleiro deve vestir cores que o diferenciem dos demais jogadores, do árbitro e seus assistentes. O uso de roupas especiais contribui para reduzir o risco de lesões. Por isso, em geral, camisa e calção de goleiro são acolchoados na região do cotovelo, ombros, quadril e joelhos. Mas, por razões de mobilidade, regiões sensíveis como estômago e rins permanecem quase sempre desprotegidas.
Luvas
Até a década de 1970, era comum o goleiro jogar sem luvas. Mas as vantagens da luva de goleiro já foram reconhecidas bem cedo, como mostra uma patente inglesa de 1885. Além da proteção, o aperfeiçoamento das luvas levou em conta o melhor controle da bola. Até hoje, trabalha-se com diferentes materiais para otimizar a aderência, como plásticos com propriedades colantes fixados à palma da luva.
Acolchoamento
O acolchoamento da luva absorve o impacto da bola e protege a mão do goleiro. No entanto, o aumento do volume de revestimento diminuiu a mobilidade dos dedos, como também da palma da mão. A correção dessa falha é feita através da segmentação do acolchoamento da palma da mão ou por meio de entalhes e recortes nas camadas exteriores da luva, como mostra uma patente alemã de 1982.
Pesos adicionais
Em geral, uma luva deve ser o mais leve possível, contribuindo para a rapidez do goleiro e evitando fadiga muscular. Mas qualquer material adicional acoplado à luva para facilitar o controle da bola leva a um aumento de peso. Em alguns casos, porém, a introdução de pesos adicionais em determinadas partes da luva permite o treinamento direcionado de grupos musculares específicos do goleiro.
Novidades nas luvas
A inovação está na segurança da mão por meio de protetores adicionais que impedem a flexão do dedo na direção contrária ao movimento natural. Comum desde os anos de 1980, basicamente, esse efeito é obtido através de reforços colocados sobre os dedos na parte anterior da luva. A introdução de "membranas aquáticas" entre os dedos, evitando o afastamento excessivo, remonta às luvas de beisebol.