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Unicef alerta para geração perdida de crianças sírias

24 de novembro de 2015

Mais de 8 milhões de crianças dependem de ajuda humanitária na Síria e países vizinhos. O conflito tirou a vida de 11 mil meninos e meninas, e centenas de milhares de crianças em idade escolar não têm acesso à educação.

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Menino foge de explosão em Aleppo, na Síria
Foto: picture-alliance/landov/al-Halbi

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou nesta terça-feira (24/11) para a situação das crianças refugiadas sírias. A agência da ONU estima que cerca de 8,2 milhões de meninas e meninos na Síria e em países vizinhos dependem de ajuda humanitária.

"Após quase cinco anos de guerra, a vida de uma geração inteira está em ruínas", afirmou Christian Schneider, diretor do Unicef e acrescentou que crianças são quase metade dos 6,5 milhões de sírios deslocados dentro do próprio país. "Precisamos protegê-las melhor nessa fase da vida", acrescentou.

Desde o início do conflito sírio em 2011, cerca de 11 mil crianças foram mortas. Somente no ano passado, a agência registrou 60 ataques a escolas em todo o país. "Na Síria, não há mais lugar algum seguro para as crianças", ressaltou Hanaa Singer, diretora do Unicef no país.

Organizações da sociedade civil, acadêmicos e professores também se mostram preocupados com a possibilidade de uma geração inteira ser prejudicada pela falta de acesso à educação. Centenas de milhares de crianças refugiadas estão em idade escolar, mas mais da metade delas não estão estudando.

Schneider ressaltou ainda que a guerra e a falta de perspectiva levam muitas pessoas a buscar refúgio na Europa. Cerca de 60% dos refugiados na rota dos Bálcãs veio da Síria.

Segundo o Unicef, entre os requerentes de asilo na Europa 214 mil eram crianças. A agência também observou um aumento de meninas e meninos refugiados viajando sozinhos. Na fronteira da Macedônia, uma em cada quatro crianças estava sem os pais. Essas são especialmente vulneráveis à violência e exploração.

Diante a esse grande número, o Unicef pediu ainda que abrigos de acolhimento de refugiados sejam preparados para receber crianças, com ofertas de aulas, além de brinquedos.

CN/kna/dpa/afp