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Um terço dos alemães satisfeito com democracia, diz estudo

7 de fevereiro de 2020

Enquanto 37% aprovam completamente o sistema democrático no país, maioria está ao menos parcialmente satisfeita com ele. Insatisfação é maior em estados da antiga Alemanha comunista.

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Pessoa deposita envelope em urna eleitoral
Dos entrevistados, 17% disseram estar "muito ou bastante insatisfeitos" com a democraciaFoto: Reuters/F. Bensch

Apenas 37% dos alemães estão "muito ou bastante satisfeitos" com a democracia no país, aponta um estudo realizado pela Konrad Adenauer Stiftung (Fundação Konrad Adenauer, ou KAS, na sigla em alemão) divulgado nesta sexta-feira (07/02).

No levantamento, 45% dos entrevistados responderam que estão parcialmente satisfeitos com a democracia na Alemanha, e 17% disseram estar "muito ou bastante insatisfeitos" com o sistema.

Os resultados evidenciam a continuidade das diferenças de opinião sobre o assunto entre cidadãos do leste e do oeste do país, 30 anos após a Reunificação alemã, em 1990. Em outras palavras, a satisfação depende de onde se vive no país.

Na antiga Alemanha Ocidental, a satisfação com a democracia corresponde hoje a quase o dobro do que a verificada nos chamados novos estados, que antes faziam parte da Alemanha Oriental, de regime comunista – com 40% contra 22%.

Ao mesmo tempo, nos novos estados, a insatisfação com a democracia (28%) é quase o dobro da verificada no oeste, onde 15% disseram estar insatisfeitos com o sistema político.

Os estados onde as pessoas estão mais satisfeitas são os de Hessen, Renânia-Palatinado e Renânia do Norte-Vestfália, seguidos de perto pela cidade-estado de Hamburgo. As maiores parcelas de insatisfeitos foram encontradas no Sarre (41%) e em Mecklemburgo-Pomerânia-Ocidental (48%).

A autora do estudo, Sabine Pokorny, escreve na página da KAS que a pesquisa também mostra diferenças de opinião para além das fronteiras simbólicas entre leste e oeste.

"Tanto no leste quanto no oeste da Alemanha, há regiões com muitas pessoas satisfeitas e com posturas menos populistas, assim como regiões com menor satisfação e com maior potencial para populismo", avalia Pokorny.

Segundo ela, porém, é notável que a maior parcela de satisfeitos possa ser encontrada na antiga Alemanha Ocidental, enquanto há maior insatisfação estão nos estados do antigo Leste alemão.

Satisfação com a economia

Quando se fala em economia, os alemães parecem ver o tema com bem mais otimismo, com 61% dizendo que estão "muito satisfeitos" ou "satisfeitos" com a situação do país.

Há mais satisfação, novamente, nos estados ocidentais, com dois terços dos entrevistados com uma visão positiva. Esta é verificada apenas entre metade dos entrevistados no leste. Pokorny destaca que a insatisfação econômica, em geral, é baixa entre os alemães.

Já em relação à satisfação com a própria vida, 81% disseram estar bastante ou muito satisfeitos, enquanto 16% dos entrevistados disseram estar parcialmente satisfeitos, e 3%, bastante ou muito descontentes.

Pokorny citou o Atlas da Felicidade, pesquisa dos Correios alemães segundo a qual a felicidade dos alemães com a própria vida chegou ao maior nível no ano passado, em comparação com os valores apurados anualmente desde 2004. De acordo com a autora, com 82% de satisfeitos nos estados ocidentais e 78% no leste, "a diferença no nível de satisfação com a vida entre as duas regiões é bastante baixa".

"A satisfação menor com a democracia e com a economia nos estados da antiga Alemanha Oriental não parece ter influência negativa sobre a satisfação com a própria vida", comenta.

O estudo da Fundação Konrad Adenauer ouviu, por telefone, 5.585 alemães com direito de votar e idade a partir de 18 anos, entre setembro e dezembro de 2018. 

RK/dpa/dw/ots

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