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Dioxina

24 de janeiro de 2011

Sistema de alerta precoce para detectar dioxina nos alimentos e normas mais rígidas para o licenciamento de fabricantes de ração animal estão entre as medidas a serem implantadas pelos Estados-Membros da União Europeia.

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UE estuda apoio a suinocultores afetadosFoto: picture alliance/dpa

Ministros da Agricultura dos 27 países-membros da União Europeia (UE) reuniram-se nesta segunda-feira (24) em Bruxelas para discutir medidas de segurança mais rigorosas para a alimentação animal. Um melhor controle deve separar estritamente a produção de gorduras alimentares da gordura industrial daqui para frente. A Comissão Europeia também quer dar assistência aos suinocultores afetados pelo escândalo da dioxina.

A UE planeja estabelecer ainda um sistema de alerta precoce para detecção de dioxina nos alimentos. Laboratórios particulares que encontrarem amostras de dioxina serão obrigados a comunicar os resultados às autoridades. Além disso, o processo de licenciamento das empresas produtoras de ração animal deve se tornar mais rigoroso.

"Essas medidas colaborarão para melhorar rapidamente nosso sistema de segurança", disse o Comissário da União Europeia para Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli. Nas próximas semanas as autoridades da UE devem apresentar um projeto de lei a ser discutido pelos Estados-Membros.

Com esse passo, a UE pretende interromper a queda acentuada de preços da carne suína na Europa, desencadeada pelo escândalo da dioxina na Alemanha no início de janeiro. Além da redução no consumo interno, alguns mercados consumidores fora da UE bloquearam a importação da carne suína alemã.

Alemanha não teve maioria

Deutschland Bundeslandwirtschaftsministerin Aigner zu Dioxin-Skandal
Ilse Aigner levou lista de propostas para BruxelasFoto: dapd

O comissário Dalli elogiou as medidas emergenciais tomadas pelo governo alemão no escândalo da dioxina e destacou que "não há perigo iminente para a saúde". A UE trabalha para evitar o bloqueio injustificado de importações por parte de países fora do bloco europeu, disse.

A ministra alemã da Agricultura, Ilse Aigner, não encontrou entretanto apoio majoritário na UE para todas as propostas apresentadas pela Alemanha durante o encontro, como um regime mais rigoroso para responsabilizar os fabricantes de ração.

As autoridades europeias também viram com reservas a proposta alemã de uma lista positiva de ingredientes próprios para ração animal.

A ração contaminada por dioxina de gordura industrial chegou ao mercado no início de janeiro através de ovos e carne suína. Segundo Aigner, 589 granjas continuam interditadas na Alemanha, a maior parte no estado da Baixa Saxônia.

Nos últimos dez anos, ocorreram na União Europeia quatro escândalos devido à contaminação por dioxina. Os casos foram registrados na Irlanda, Bélgica e duas vezes na Alemanha.

FF/dpa/afp/ap
Revisão: Carlos Albuquerque