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UE discute cinco ações para gerir crise migratória

5 de setembro de 2015

Reunidos em Luxemburgo, ministros europeus definem plano de ação que inclui maior combate a atravessadores e ajuda a países africanos. Entre as propostas, está criação de centros da UE para refugiados no Oriente Médio.

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Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler

Ministros de relações exteriores da União Europeia (UE) discutiram neste sábado (05/09) a implementação de cinco ações para gerir a crise migratória no bloco.

Reunidos em Luxemburgo desde a última sexta-feira, os líderes europeus concordaram em fazer um combate mais efetivo contra atravessadores no mar Mediterrâneo e criar um fundo para apoiar países africanos.

"Espero que finalmente nos demos conta de que essas pessoas vêm à Europa e não a um ou outro estado membro", afirmou a chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, apelando pela contribuição de todos o países que integram o bloco.

Entre as propostas, está a instalação de centros de refugiados da UE no Oriente Médio e na África para evitar que os migrantes se arrisquem em perigosas jornadas para chegar à Europa. Os requerentes poderiam fazer o pedido de refúgio a partir das zonas de guerra.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, os centros de recepção seriam construídos em áreas de risco, onde já existem campos para refugiados. Mogherini ponderou que a medida exigiria "esforços enormes".

"Não podemos desestabilizar países que já enfrentam grandes desafios", afirmou Mogherini. A Turquia já recebeu 2 milhões de refugiados sírios, enquanto o Líbano, mais de um milhão.

Líderes europeus também planejam ampliar a operação militar no mar Mediterrâneo contra atravessadores. As embarcações da UE poderiam deter suspeitos em águas fora da região costeira da Líbia, onde as operações estão atualmente concentradas. Milhares de migrantes se arriscam na travessia em direção a Itália e Grécia.

Além disso, os líderes europeus se comprometeram a assegurar a proteção de refugiados, respeitar os direitos humanos e ajudar a combater os motivos que levam à chegada de requerentes de asilo ao bloco.

Europa dividida

Na próxima quarta-feira, a Comissão Europeia deve anunciar uma estratégia para distribuir 120 mil refugiados entre os países da UE. Também será apresentada uma lista de "países seguros", para agilizar o indeferimento de pedidos de refúgio de migrantes provenientes de países como Albânia, Montenegro e Sérvia.

Os ministros do interior da UE agendaram uma reunião para discutir a crise em 14 de outubro, data considerada "muito tardia" pelo ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.

A República Checa, Eslováquia, Hungria e Polônia rechaçam a implantação de cotas obrigatórias de distribuição de refugiados, o que expõe uma Europa dividida.

KG/dpa/efe/rtr