A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), encarregada de aprovar a utilização das vacinas contra a covid-19 na União Europeia (UE), adiantou a data para o anúncio de sua decisão sobre o uso do imunizante da farmacêutica Pfizer e da empresa de biotecnologia alemã Biontech no continente.
O órgão regulador da UE, com sede em Amsterdã, comunicou nesta terça-feira (15/12) que a decisão será anunciada no dia 21 de dezembro, em vez de 29 do mesmo mês, após pressão por parte dos países do bloco.
O Reino Unido, que abrigava a sede da EMA até decidir deixar o bloco europeu, tornou-se o primeiro país em todo o mundo a aprovar em caráter emergencial a vacina da Pfizer-Biontech, seguido dos Estados Unidos, do Canadá, de Cingapura e de Bahrain.
Em nota, a agência europeia disse ter recebido dados adicionais das empresas nesta segunda-feira, que haviam sido exigidos pelo comitê da EMA que avalia medicamentos para uso em humanos. "Uma reunião extraordinária do comitê foi agendada para o dia 21 de dezembro", comunicou o órgão.
Entretanto, a EMA disse que somente chegará a uma decisão favorável "se os dados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina estiverem suficientemente robustos e completos para determinar que os benefícios superam os riscos".
A data da decisão sobre a vacina da farmacêutica Moderna permanece mantida para 12 de janeiro. A agência ainda avalia o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.
Velocidade máxima para aprovar vacina
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, festejou o anúncio e a possibilidade de dar início à vacinação antes do prazo esperado. "Cada dia conta. Trabalhamos em velocidade máxima para autorizar as vacinas contra covid-19 que forem seguras e eficazes”, afirmou.
A Alemanha está entre os países que exerceram pressão para que a EMA aprovasse o imunizante, que já está sendo aplicado nos outros países. O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, havia dito que o objetivo era "obter a aprovação até o Natal". Hungria, Polônia e Itália também pediam uma decisão mais rápida.
As críticas aumentaram após a agência ter sido alvo de um ataque cibernético. A Pfizer e a Biontech, assim como a Moderna, confirmaram que seus documentos foram acessados ilegalmente.
Os especialistas da EMA argumentam que o Reino Unido, os EUA e o Canadá puderam aprovar a vacina com maior rapidez porque o fizeram em caráter emergencial, sem a concessão de licença, enquanto na UE o imunizante deve obter uma licença condicional completa válida por um ano.
A agência diz que seus funcionários trabalham incessantemente para avaliar dados laboratoriais de testes clínicos em larga escala, tão logo obtenham acesso às informações.
Segurança em primeiro lugar
"Enquanto a velocidade é essencial, nossa prioridade número um é a segurança. Essas vacinas serão aplicadas em milhões de pessoas na UE, e nós estamos conscientes da enorme responsabilidade que temos", disse na semana passada a diretora da EMA, Emer Cooke, aos europarlamentares.
A irlandesa, que assumiu a direção da agência há um mês, disse que o objetivo é assegurar que a distribuição do imunizante ocorra de modo simultâneo em todos os 27 países da UE. "Isso significa que todos os Estados-membros, grandes ou pequenos, vão se beneficiar do trabalho conjunto em nível europeu, e que todos podem começar a preparar suas campanhas de vacinação."
RC/afp/dpa
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Doenças prevenidas com vacinas
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Doenças prevenidas com vacinas
Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Doenças prevenidas com vacinas
Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Doenças prevenidas com vacinas
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Doenças prevenidas com vacinas
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Doenças prevenidas com vacinas
Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
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Doenças prevenidas com vacinas
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Doenças prevenidas com vacinas
Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
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Doenças prevenidas com vacinas
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
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Doenças prevenidas com vacinas
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
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Doenças prevenidas com vacinas
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.
Autoria: Leila Endruweit