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TOP 5 – Cinco espécies aquáticas ameaçadas de extinção

Kamila Rutkosky 2 de fevereiro de 2013

O "Futurando" desta semana mostrou que as toninhas estão ameaçadas de extinção. Outras espécies aquáticas também estão sofrendo as consequências das ações humanas.

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Foto: picture-alliance/Evolve/Photoshot

A Sociedade Zoológica de Londres, junto a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), divulgou uma lista de 100 espécies que correm sério risco de extinção. Entre elas, estão cinco espécies marinhas ameaçadas de desaparecer.

1. Tartaruga-gigante-de-carapaça-mole (Rafetus Swinhoei)

Jangtse Riesenweichschildkröte
Foto: picture-alliance/Asian Turtle Program/ Conservation International

Uma espécie com apenas quatro indivíduos restantes. Cientistas estão se esforçando ao máximo para que este animal não entre em extinção. Segundo a instituição Conservation Internacional, ela pode ser a maior e a mais ameaçada das tartarugas. Ela é símbolo da independência do Vietnã e é considerada uma divindade que protege a cidade de Hanói. As quatro sobreviventes da espécie não vivem no mesmo local. Dois animais estão em cativeiro, na China, onde pesquisadores tentam fazer a reprodução da espécie.

Apenas um deles vive em habitat natural e foi manchete há alguns anos ao ser capturado por um pescador, que só libertou o animal depois de muita negociação com ambientalistas. O gigante que mora em Hanói também foi manchete. Em 2011 a tartaruga foi capturada para tratamento médico. O resgate precisou de uma equipe de 50 pessoas. O animal, de 200 quilos, estava com ferimentos no pescoço e nas patas, provavelmente causados por outros animais, anzóis e lixo.

2. Vaquita (Phocoena Sinus)

Um cetáceo marinho em risco de extinção é a vaquita, também chamado de boto-do-pacífico ou toninha-do-golfo. Esses animais enfrentam além das ameaças naturais tubarões e baleias, também a poluição das águas e o maior vilão: as redes de pesca. De acordo com a organização ambientalista WWF, entre 40 e 80 animais ficam presos em redes de pesca a cada ano. A vaquita precisa subir à superfície para respirar e por isso, muitas morrem afogadas ao caírem nas redes. Nativos do Golfo da Califórnia, no México, estima-se que existam menos de 200 animais dessa espécie.

O cetáceo atinge por volta de 1,5 metro, pesa aproximadamente 55 quilos e apresenta coloração cinza escura. O habitat da espécie foi drasticamente alterado pelo represamento do rio Colorado, nos Estados Unidos, o que diminuiu o fluxo de água na região e também reduziu a quantidade de alimentos da espécie, fato que contribui ainda mais para o risco de extinção desse animal.

3. Tartaruga-de-madagascar (Astrochelys yniphora)

Madagassische Schnabelbrustschildkröte
Foto: picture-alliance/Wildlife

Outro animal que corre sério risco de extinção é a tartaruga-de-madagascar. De acordo com a instituição ambientalista Durrel Wildlife Conservation Trust existem apenas cerca de 400 animais adultos dessa espécie em Madagascar, o local de origem desses répteis. A tartaruga-de-madagascar é o réptil mais ameaçado do mundo. Ela é visada por traficantes de animais e também usada como alimento ou em remédios tradicionais. Outra ameaça é a perda do habitat natural. Para conter o tráfico dessas tartarugas, a instituição está tatuando o casco de cada animal com um número, tentando assim reduzir o valor no mercado negro. Em 1996, 73 tartarugas foram roubadas da própria instituição.

4. Scaturiginichthys vermeilipinnis (Scaturiginichthys vermeilipinnis)

Descoberto em 1990, esse pequeno peixe australiano corre o risco de extinção. Segundo a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), restam entre 2 e 4 mil peixes dessa espécie. O peixe pode atingir até 3 centímetros de comprimento. E o maior vilão dele é outra espécie introduzida para combater as larvas de mosquito, a Gambusia holbrooki ou peixe-mosquito.

A captura do Scaturiginichthys vermeilipinnis para aquários ou para a pesquisa científica também é uma ameaça potencial para a espécie.

5. Peixe-boi (Trichechus manatus)

Seekuh
Foto: picture-alliance/dpa

Espécies brasileiras como o peixe-boi, o boto-cor-de-rosa e o tatu-bola, símbolo da Copa de 2014, também estão ameaçadas de extinção. O peixe-boi é um animal considerado criticamente em perigo, devido ao grande declínio da população. Segundo o Instituto Chico Mendes, a morte acidental em redes de pesca e a caça são as maiores ameaças, mas eles também são ameaçados pelo tráfego marinho, pelo assoreamento e pela perda do habitat.

As secas extremas também são um problema para a espécie, que pode ficar sem alimento nesses períodos. O animal se alimenta de algas, capim-marinho e folhas de árvores de mangues. Ele passa até oito horas diárias se alimentando. Um peixe-boi adulto pode pesar até 600 quilos e medir entre 2,5 e 4 metros. Um recém-nascido da espécie pode medir até um metro.