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CriminalidadeArgentina

Terceira pessoa é detida por ataque contra Cristina Kirchner

13 de setembro de 2022

Mulher cuja identidade não foi revelada foi presa em uma casa de San Miguel, na periferia de Buenos Aires. No começo do mês, vice-presidente argentina foi alvo de tentativa de homicídio.

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Grande faixa com desenho de Cristina Kirchner
Manifestantes estendem faixa em apoio a Cristina Kirchner após o atentadoFoto: Esteban Osorio/Pacific Press Agency/IMAGO

Uma mulher foi presa nesta terça-feira (13/09) em Buenos Aires, elevando para três o número de pessoas detidas pelo ataque fracassado contra a vice-presidente da Argentina,Cristina Kirchner, informaram fontes judiciais.

A detida, cuja identidade não foi divulgada, é amiga de Brenda Uliarte, jovem de 23 anos suspeita de participar do atentado juntamente com o namorado, o brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, que apertou o gatilho da arma – os dois disparos falharam. Ele foi preso na mesma noite do crime.

O atentado aconteceu no dia 1º de setembro, em frente à casa de Cristina, no bairro Recoleta, em Buenos Aires, enquanto uma multidão demonstrava apoio à vice-presidente argentina, investigada por suspeita de corrupção.

Segundo as investigações, Montiel, aproveitando o grande público, apontou ao rosto de Cristina Kirchner "com uma pistola semiautomática de ação simples, calibre 32, marca Barsa, modelo Lusber".

A prisão desta terça ocorreu em uma casa em San Miguel, na periferia oeste de Buenos Aires, após uma série de batidas policiais. A mulher é a pessoa com quem Uliarte se comunicou por telefone após o ataque, segundo fontes.

Uliarte também estava na cena do crime e saiu do local após a prisão do namorado, mostram câmeras de vigilância. Ela foi presa três dias depois do atentado, em uma estação de trem da capital argentina.

Montiel cercado por três policiais
Fernando Sabag Montiel foi preso logo após o crimeFoto: Gustavo Garello/AP/picture alliance

Dupla já havia tentado outro ataque

Segundo perícia nos celulares dos réus, Montiel e Uliarte já haviam tentado atacar Kirchner em 27 de agosto, informou a imprensa local, mas o plano foi abortado. Fotografias encontradas no celular de Montiel mostram os dois posando com a pistola Bersa 32 com a qual o ataque foi realizado.

Também foi identificado que os suspeitos tinham a arma e as munições "desde data anterior ao fato", pelo menos, desde 5 de agosto de 2021, "sem contar com a devida autorização legal".

O brasileiro se recusou a responder perguntas de um juiz em duas sessões de inquérito para apurar a responsabilidade de Uliarte.

Em março de 2021, Andrés Montiel foi detido por portar uma faca de 35 centímetros no bairro La Paternal, em Buenos Aires, onde vive. Na época, conforme o jornal Clarín, o brasileiro afirmou que usava o objeto para se defender. Mesmo assim, foi autuado por porte de arma. O jornal também afirmou que Montiel atuava como motorista de aplicativo.

De acordo com o jornal La Nación, o suspeito seguia diversos perfis ligados a grupos radicais e de ódio, assim como páginas de "ordens maçônicas", de "comunismo satânico" e de ciências ocultas. As redes sociais do brasileiro foram deletadas durante a madrugada posterior ao ataque a Kirchner.

Também nesta terça-feira, o ministro da Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, informou que a segurança de Kirchner foi reforçada após ela receber uma ameaça de morte na segunda-feira.

A Argentina vive um período de alta tensão política, e Cristina Kirchner é alvo de um pedido de prisão por parte do Ministério Público no contexto de um julgamento no qual ela é acusada de corrupção na concessão de obras públicas durante seus mandatos como presidente (2007-2015). Desde então, grupos a favor e contra a ex-presidente e atual vice têm se manifestado nas ruas de Buenos Aires.

le (EFE, AFP, ots)