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Alemães seqüestrados

DW/Agências (lk)15 de julho de 2008

Uma semana após o seqüestro de três turistas alemães no leste da Turquia, há indícios de que o fato ocorreu em conseqüência de uma luta pelo poder dentro do PKK.

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Turistas alemães foram seqüestrados na região do Monte AraratFoto: picture-alliance /dpa

O seqüestro de três turistas alemães no leste da Turquia, há uma semana, foi interpretado inicialmente como ato de protesto do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) contra a proibição da emissora de televisão curda Roj TV pelo ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäuble.

No entanto, os indícios apontam para uma luta pelo poder dentro da própria organização, segundo a agência de notícias turca Anadolu e o jornal Milliyet em sua edição on-line. Ambos reportam-se a informações de autoridades de segurança da Turquia que interceptaram a troca de mensagens por rádio entre integrantes do PKK.

Segundo essas fontes, o seqüestro dos alemães teria sido uma iniciativa do braço armado da organização, liderado por Fehman Hüseyin. Este é rival de Murat Karaiylan, tido como cabeça do PKK desde a prisão de Abdullah Öcalan em 1999.

Temendo ser passado para trás por Karaiylan no congresso do braço armado que se realizará proximamente, Hüseiyn teria ordenado o seqüestro dos turistas alemães para ter um "trunfo" na disputa com Karaiylan. A liderança do PKK teria condenado com veemência o rapto dos alemães, afirmando que o ato contradiz decisões anteriores da organização.

Os esforços empreendidos pela força-tarefa do Ministério alemão das Relações Exteriores pela libertação dos seqüestrados não conduziram ainda a nenhum resultado.

Esforços infrutíferos também na Nigéria

Tampouco houve avanços no caso dos dois engenheiros alemães seqüestrados na Nigéria. O ministério alemão está em contato com as autoridades nigerianas, mas não há notícias sobre o paradeiro dos reféns, que trabalham para uma subsidiária da empreiteira alemã Bilfinger Berger. A empresa suspendeu por enquanto suas aitividades nas regiões Rivers State e Bayelsa.

Além desses dois casos atuais de seqüestros de cidadãos alemães no exterior, o Ministério das Relações Exteriores empenha-se pela libertação de dois navegadores seqüestrados por piratas de dentro de um iate na costa da Somália no dia 23 de junho. Os seqüestradores exigem por sua libetação um resgate de 2 milhões de dólares.

Há ainda os casos não solucionados de Sinan K., raptado no Iraque em 7 de fevereiro de 2007, e de Harald K., cujo seqüestro se deu no Afeganistão em 16 de dezembro de 2007.