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Seleção alemã busca reabilitação contra EUA

(gh)21 de março de 2006

Amistoso em Dortmund é chance para os alemães se reconciliarem com a torcida, depois da derrota de 4 a 1 para a Itália. DFB diz que futuro de Klinsmann não está em jogo.

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Treino para o teste decisivo em DortmundFoto: AP

É grande a expectativa em torno da seleção alemã, que terá uma prova de fogo nesta quarta-feira (22/03), no amistoso contra os EUA (em 5º lugar no ranking da Fifa). Depois da derrota de 4 a 1 para a Itália, a partida em Dormund é considerada "decisiva para a autoconfiança da equipe e para o clima no país", segundo o capitão Michael Ballack.

A 80 dias da abertura do Mundial, Klinsmann espera uma vitória de sua equipe, para calar os críticos e dissipar a desconfiança que tomou conta da torcida alemã. Segundo Ballack, a equipe está tensa e sente a pressão da obrigatoriedade de vencer. "Mas isso não é ruim, porque nos coloca numa situação comparável a uma eliminatória. Só espero que o time não esteja inseguro a ponto de não poder mostrar um bom desempenho", acrescentou.

Para o goleiro Oliver Kahn, "o importante é mostrar uma reação como equipe, para recuperar o crédito perdido". Ele acredita também que já ganhou a corrida contra Jens Lehmann para ser titular da Alemanha na Copa. Klinsmann ainda não tomou uma decisão a esse respeito. A rotatividade de goleiros tem rendido muitas críticas ao técnico alemão.

DFB descarta demissão de técnico

Fußball Jürgen Klinsmann in Deutschland bei Schalke 04
Klinsmann conta com o apoio da DFBFoto: AP

Ao mesmo tempo, a Federação Alemã de Futebol (DFB) reiterou seu apoio ao treinador antes do amistoso, assegurando que o manterá no cargo, mesmo em caso de derrota para os EUA. "Jürgen Klinsmann desfruta de nossa confiança absoluta e não se discute qualquer alternativa. Os resultados dos jogos preparatórios à Copa não mudam nada a esse respeito", disse o presidente executivo da DFB, Theo Zwanziger.

Zwanziger também rebateu uma crítica de Franz Beckenbauer, de que a entidade é conservadora demais para demitir Klinsmann. "A DFB não é conservadora nem progressista, só realista. Fazemos aquilo que qualquer pessoa de bom senso considera correto", afirmou. Ele anunciou que, no dia 27 ou 28 de maio haverá ainda um amistoso extra, solicitado pela comissão técnica da seleção.

Embora o time alemão jogue desfalcado de Deisler, Frings, Hanke (contundidos) e Huth (não liberado pelo Chelsea), o assistente de Klinsmann, Joachim Löw, cobra uma reabilitação, após a apresentação desastrosa em Florença. "Precisamos dominar o jogo e pressionar os EUA, que, pelo ranking da Fifa, são uma equipe forte", disse.

Equipe entrosada e motivada

US Fußballspieler Taylor Twellman am Satdionfeld in Dortmund
Jogadores dos EUA chegam motivados para o amistosoFoto: AP

Depois de sete semanas de treinamentos em janeiro e fevereiro, a seleção norte-americana chega bem entrosada a Dortmund. E, apesar de desfalcada por DaMarcus Beasley, Claudio Reyna, Brian Mc Bride e Landon Donovan, não quer ser apenas um adversário que ajude a reabilitar a Alemanha. "A equipe está altamente motivada. Afinal, para muitos jogadores, é a última chance para conquistar uma vaga na seleção que vai à Copa", disse o técnico Bruce Arena.

A Alemanha tem um balanço positivo dos confrontos com os EUA. Das sete partidas disputadas entre as duas seleções até agora, os alemães venceram cinco e perderam duas, com um saldo de gols de 14 a 10. No último jogo entre as duas equipes, a Alemanha derrotou os EUA por 1 a 0 (gol de Ballack), nas quartas-de-final da Copa 2002, no estádio de Ulsan, na Coréia do Sul.