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Secretário-geral da OEA diz ser contra suspensão do Paraguai

10 de julho de 2012

José Miguel Insulza entrega relatório da missão liderada por ele e que recolheu informações sobre a crise no Paraguai. OEA inicia nova sessão extraordinária para analisar a situação política no país.

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Foto: AP

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, manifestou-se contra a suspensão do Paraguai do organismo por causa da destituição do ex-presidente Fernando Lugo.

Durante nova sessão extraordinária do conselho permanente da OEA em Washington, nesta terça-feira (10/07), Insulza afirmou que a suspensão do Paraguai teria graves implicações econômicas e políticas para o país sul-americano, causando sofrimento desnecessário à população paraguaia sem ajudar a melhor o funcionamento da democracia no país.

Insulza disse respeitar plenamente a decisão do Mercosul e da Unasul, que suspenderam o Paraguai, mas alertou que ação semelhante na OEA não contribuiria com o objetivo da organização, de garantir e fortalecer a democracia no continente americano.

Como alternativa à suspensão, o secretário-geral sugeriu a criação de uma missão que acompanhe o processo que levará às eleições de abril de 2013 no Paraguai. A missão deve se reportar com frequência à OEA. Essa seria uma maneira de garantir que todos possam competir em condições de igualdade e não haja represálias contra o ex-presidente Lugo.

Insulza ressalvou que as suas observações são de caráter pessoal e não refletem necessariamente a opinião dos outros membros da missão encabeçada por ele e que foi ao Paraguai para colher informações sobre o afastamento de Lugo. A missão esteve no país sul-americano de 1º a 3 de julho.

Esta é a terceira reunião extraordinária que a OEA realiza para analisar a situação no Paraguai. No último encontro, em 26 de junho, o bloco dos países bolivarianos – Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela – exigiu a suspensão do Paraguai da OEA. A reunião da OEA iniciada nesta terça-feira se concentra na análise do relatório da missão liderada por Insulza.

AS/dpa
Revisão: Francis França