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Pênalti em Robben domina comentários na imprensa europeia

Luisa Frey30 de junho de 2014

Falta do defensor mexicano sobre o atacante holandês existiu, mas este exagerou ao cair na área de forma "teatral", escreve a imprensa europeia.

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Foto: Reuters

A vitória de virada da Holanda sobre o México por 2 a 1 e o pênalti sofrido pelo holandês Arjen Robben nos acréscimos do segundo tempo estão entre os assuntos mais comentados pelos jornais europeus nesta segunda-feira (30/06).

O jornal britânico The Guardian destaca já no título a declaração do treinador mexicano, Miguel Herrera, de que o pênalti foi inventado. "Espero que o comitê de arbitragem analise a decisão e que ele também vá para casa, assim como a gente", cita o jornal.

Herrera responsabiliza o juiz português Pedro Proença pela eliminação do México e questiona o fato de um árbitro europeu ter sido responsável por um jogo envolvendo um time do continente.

O portal alemão Spiegel Online escreve que, "de fato, Portugal está na Europa tanto quanto a Holanda", mas fora isso há pouca "substância" na crítica de Herrera. "Afinal, antes disso o árbitro havia negado dois pênaltis a Robben, um deles injustamente." Além disso, a decisão de dar o pênalti nos acréscimos foi "justificável", pois o atacante do Bayern de Munique, apesar de ter "decolado de forma espetacular", de fato sofreu falta de Márquez, argumenta o portal.

O jornal alemão Sueddeutsche Zeitung falou da solidariedade de Robben ao escolher o colega Klaas-Jan Huntelar para cobrar o pênalti. Robben, afirma o diário, é um "individualista excepcional que desenvolveu competências sociais", e logo o jogador poderá "falar diante da Organização das Nações Unidas" sobre "responsabilidade coletiva".

Segundo a publicação, o holandês já havia mudado seu comportamente na temporada passada, no Bayern de Munique, mas isso "nunca ficou tão visível" como nos acréscimos da partida contra o México. "Robben não cobrou. Ele passou a bola a um colega – voluntariamente."

Entretanto, ainda há espaço para o Robben "trapaceiro", escreve o jornal. No quarto dos seis minutos dos acréscimos, Robben chutou a bola para frente de Márquez, que colocou o pé diante do holandês. "Robben não precisava ter caído, muitos menos dessa maneira teatral tão própria. Mas ele não pode ser acusado de ter caído de propósito", escreve o jornal, para quem Robben "valorizou" a falta sofrida. Após a partida, o próprio Robben disse ter sido "esperto" no lance, mas reconheceu que se jogou ao chão no primeiro tempo. "Foi estúpido. Peço desculpas."

Para o jornal espanhol El País, o gol sofrido no final do jogo pelo México, que até então vencia a partida por 1 a 0, "derrubou o andaime dos latino-americanos". E a situação piorou "quando Robben deu um salto de trampolim ao sentir o obstáculo de um pé de Márquez".

Segundo o El País, a partida estava nas mãos do México, "com mais intensidade e melhor formação", mas "os mexicanos se sentiram ganhadores antes do tempo e acabaram outra vez sem consolo por culpa desse futebol tão desalmado em algumas ocasiões".