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Previdência: proposta define idades mínimas de 62 e 65 anos

14 de fevereiro de 2019

Governo Bolsonaro estabelece ainda um período de transição de 12 anos. Texto da reforma será enviado ao Congresso na próxima semana.

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Brasiliens Präsident Jair Bolsonaro unterzeichnet ein Dekret das den Waffenbesitz vereinacht
secretário especial de Previdência disse que Bolsonaro desejava 20 anos de transição. No final, o consenso ficou em 12 anosFoto: Reuters/U. Marcelino

O presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica do governo decidiram nesta quinta-feira (14/02) que a proposta de reforma da Previdência fixará uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e 62 anos para mulheres, com um período de transição de 12 anos. A proposta de reforma do sistema previdenciário será encaminhada ao Congresso na próxima quarta-feira.

As informações foram divulgadas pelo secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, ao final da reunião com o presidente no Palácio da Alvorada. A reunião de cerca de duas horas teve ainda a participação dos ministros da Economia, Paulo Guedes; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Marinho disse que a equipe econômica defendeu uma idade mínima de 65 anos tanto para os homens quanto para as mulheres. Já o presidente discordava da idade mínima das mulheres: queria 60 anos. Além disso, o tempo de transição desejado pelos economistas era de dez anos, algo também negociado por Bolsonaro, que queria 20 anos de transição. No final, o consenso ficou em 12 anos.

Pelas regras atualmente em vigor, é possível se aposentar sem idade mínima se forem cumpridos 35 anos de contribuição (homens) ou 30 (mulheres) ou a partir de 65 anos (homens) ou 60 anos (mulheres) com tempo mínimo de 15 anos de contribuição. No caso de aposentadoria rural, a idade mínima é de 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres), com mínimo de 15 anos de contribuição.

Depois de assinar o texto da reforma, na próxima quarta-feira, Bolsonaro vai fazer um pronunciamento à nação para explicar a necessidade de mudar as regras para aposentadoria no país. "O presidente fará um pronunciamento à nação, explicando de que forma essa nova Previdência vai ser encaminhada ao Congresso para ser discutida. E esperamos que seja aprovada brevemente", disse Marinho.

Segundo Marinho, os detalhes da proposta só serão conhecidos na quarta-feira. "O presidente bateu o martelo e pediu para que divulgássemos apenas algumas informações. O conteúdo do texto vai ficar para o dia 20. Os detalhes da proposta serão conhecidos pelo Congresso Nacional, até como uma deferência ao Parlamento."

O texto já havia sido formatado ao longo das semanas e foi trazido para aprovação final do presidente. "Ao longo do período da elaboração da proposta, o presidente estava sendo informado periodicamente. Voltamos hoje com o texto já finalizado", disse o secretário. Após as alterações negociadas entre Bolsonaro e sua equipe, o texto vai para a área técnica da Presidência da República, onde será validada sua constitucionalidade antes que o presidente possa assinar.

O governo calcula que a reforma vai permitir uma economia de 1 trilhão de reais nos próximos dez anos. Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a reforma da Previdência precisa ser votada em dois turnos na Câmara e depois no Senado, com apoio de no mínimo dois terços dos deputados e dos senadores em cada votação.

JPS/abr

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